terça-feira, 31 de julho de 2012

As mãos mágicas de Ma


Presentes dos amigos. Em destaque, a mandala tricolor - criação da Ma Ferreira.


Diz-me, poetisa do barro,
Que magia tem tua mão
Cujo toque gera um jarro
Da terra e água do chão?
Estas mãos abençoadas
Sejam sempre celebradas,
E hoje ainda mais serão.

Para a bela ceramista
Que se chama Ma Ferreira
E que, como grande artista
À arte se dedica inteira
Tuas mãos quero cantá-las
Entre potes e mandalas
Nesta data alvissareira.

Quando tuas mãos modelam
O barro informe do chão
A meus olhos se revelam
Instrumentos de criação
Como aquela milagrosa
Tão perfeita, tão formosa,
Que o Pai fez por Sua mão.

Quando as tintas tu preparas
E vestes a argila nua
Com cores vivas e raras
Ou com tintura mais crua
Tu és pintora de telas
Em óleos e aquarelas
Traçadas pela mão tua.

Quando ao forno tu aqueces
A tua obra de arte
No meu sentir tu pareces
Que das deusas fazes parte.
És Gaia por Natureza
És Juno pela realeza,
És Ceres, que o pão reparte.

Que melhor analogia
Ou metáfora o poeta
Desejará na poesia
Que dedica a quem completa
Mais um círculo na vida
Desta menina querida
Já de tanto amor repleta?

Voto pois que neste dia
Nada te seja em contrário;
Seja-te o fado alegria
Em todo e qualquer horário
E junto aos teus eu desejo
Somar aos deles meu beijo
De FELIZ ANIVERSÁRIO!

Niterói, julho de 2012
Rodolfo Barcellos

sábado, 28 de julho de 2012

Trovas 111-120

     Mais um ramalhete com dez trovinhas. A 119 foi a Milla quem me mandou, as demais nasceram em comentários, das sementes de inspiração trazidas pela leitura dos "blogs" dos amigos. Inclusive a 115, para a Mellíss, feita pouco antes de ela ir poetar noutras esferas...
Dama da Noite - Foto por Rodolfo Barcellos

120- Nathy, 24/3/12
A vida, vamos vivê-la
Cada um com sua sorte;
Segue sempre tua estrela
Para encontrares teu Norte.


119- (por Milla), 22/3/12
Eu não sei se há um dia
para se comemorar
Todo dia é poesia
Tudo é pra se versejar...


118- Marilene, 22/3/12
Vai deitar-te nas areias
E traz-nos, quando voltares,
Notícias dessas sereias
Que habitam os teus mares.


117- Cecília, 22/3/12
Teu poema é um hino
De amor e de esperança
Pra qualquer homem-menino,
Pra qualquer mulher-criança.


116- Lu, 22/3/12
Extratos - quase venenos -
De perfumes preciosos
Que se guardam em pequenos
Frasquinhos maravilhosos!


115- Mellíss, 22/3/12
Teus versos são agasalhos
Para esta estação calma;
São as folhas de teus galhos
Recobrindo minha alma.


114- Marilene, 20/3/12
O amor perfeito só existe
Pra quem nele acreditar;
E não há estação triste
Na qual não se possa amar.


113- Carla, 20/3/12
Teu poema é como a vida,
"Impromptu" que se improvisa
Numa infinita lida
Nos teus versos, poetisa...


112- Marcia, 20/3/12
Cria tuas asas. Cria.
Põe-nas em frases, amada.
Teus versos, em revoada,
Chamar-se-ão "Poesia".


111- Sandra Puff, 17/3/12
O outono me chega breve,
Deixando-te a primavera;
E antes que o tempo te leve,
Não te vás ainda! Espera!

Niterói, julho de 2012
Rodolfo Barcellos

terça-feira, 24 de julho de 2012

Ama-se, e oh!




Em Maceió
Ama-se, e oh!
Como se ama
Em Maceió!


Sobre as areias
De Pajuçara
Belas sereias
Servem Iara.


O mar murmurou marulhos
Aos mudos marinheiros,
Maravilhados marujos!


E aqueles olhos de esmeralda
De onde o mar tentou roubar a cor!
E os sorrisos que se abriam generosos ao calor da amizade
Como a flor que desabrocha à luz do sol,
A flor perfuma o hálito da brisa, os sorrisos perfumam a alegria da gente.


E os beijos e abraços, afagos e lágrimas,
A alma escancarada!
O cisco no olho, o nó na garganta,
O vozerio em volta da mesa, música.


E a folha buscou a pena e dançou com ela uma dança de amor
E a poesia cantou para o poeta uma canção de amor
E aquele cantinho da Terra iluminou o Sol
E o amor rendeu sua homenagem à amizade.


E a felicidade saiu de onde estava escondida
Encolhida
Entanguida.
Ela secou ao sol suas asas machucadas
E disse: - Eu existo! Lembra-se de mim?
- Eu não morri! - clamou ela.
E ela se dividiu, ou se multiplicou, não sei,
E ela se distribuiu entre tantos amigos
E cresceu. Cresceu.


E ainda está crescendo. Transbordando.
Mas eu quero mais.


Niterói, julho de 2012
Rodolfo Barcellos

sábado, 21 de julho de 2012

Sete sete-setes, V

     Essas sete-setes são comentários de dezembro passado. Todos têm sua história, algumas curiosas... por exemplo, a Milene havia se queixado de que as palavras estavam lhe fugindo, e eu tentei incentivá-la no V.2. Logo ela postou mais um texto brilhante e eu a aplaudi no V.4. A Severa comemorava os 200 seguidores, Denise discorria sobre flores e espinhos, uma pesquisa me levou a uma postagem antiga da Carla... e a Marcia deu-me a honra de afixar, no frontispício de seu Mar de Pensamentos, a homenagem que lhe prestei no V.6. E assim, ao sopro inspirador dos textos em verso e prosa dos meus amigos, germinaram essas redondilhas.
Imagem: Internet


V.7- Marcia, 10/12/11
O olhar de quem te ama
É como o olhar do poeta:
Vê numa pequena chama
Uma fogueira completa;
E vê no fogo poemas,
Nas brasas vê diademas
E na faísca uma seta...


V.6- Marcia, 8/12/11
Os teus versos são arautos
Dos teus fundos sentimentos;
Constarão sempre nos autos
Dos teus muitos julgamentos.
Que tua sentença se exprima
Sempre pela melhor rima
Destes jurados atentos.


V.5- Severa, 8/12/11
Tua voz, querida amiga,
É a voz dos sentimentos
Tua fala é uma cantiga
Acariciando os duzentos
Dos quais me honra ser parte,
E aplaudo tua arte
À espera dos trezentos!


V.4- Milene, 7/12/11
Não demorou que as fujonas
Voltassem ao ninho antigo,
E como humildes pidonas
Aceitassem o castigo
De expressar essas saudades,
Em sonhos ou realidades,
Dos que convivem contigo.


V.3- Carla, 6/12/11
Venho lá do teu futuro
Para orar ao teu santo;
Teu Papai Noel é duro,
Mas pensando bem, nem tanto;
São Nicolau, com certeza,
Perdoará a afoiteza
Desse meu humilde canto...


V.2- Milene, 6/12/11
A palavra, minha bela,
Que escapuliu sem porquê,
Vou agora à caça dela
E a trarei a você,
Seja em molho à cabidela,
Seja cozida em panela,
Seja amassada em purê.


V.1- Denise, 5/12/11
Por medo de ser ferido
Eu me vesti de espinhos
Sem ter porém percebido
Que afastava teus carinhos;
Mas vou despir a couraça
E voltar a quem me abraça
Partilhando teus caminhos.

Niterói, julho de 2012
Rodolfo Barcellos


PS: Estou em dúvida... devo chamar minhas setilhas de "as sete-setes" ou será preferível batizá-las "os sete-setes"? Como se trata de gênero gramatical, e não de sexo biológico, a opinião de quem lê é importante. São estrofes de sete versos, cada um com sete sílabas poéticas... qual é a sua opinião?

quarta-feira, 18 de julho de 2012

ENANTUB

Amigos, embarco daqui a pouco para Maceió, onde acontecerá o 1° Encontro Nacional da Nossa Turma do Blog. Deixo programada uma postagem para sábado. Novidades na volta. Fui.

sábado, 14 de julho de 2012

Trovas 101-110

     A maioria das trovas destes pequenos ramalhetes nasceu em comentários às matérias postadas por amigos, meio de improviso. Uma ou outra teve origem em papos no MSN. Umas poucas são inéditas (penso eu). As datas estão misturadas e não tenho certeza de algumas. E a quadrinha de número 107 está aí de penetra - onde já se viu uma "trova" com nove sílabas nos versos?
     É... não sou tão organizado assim, como quer crer uma querida amiga. Não é, Milene?
Flor de Maio - Foto por Rodolfo Barcellos

110- Regina, 17/3/12
Te gosto como leoa
Como gaivota também
E enquanto estiveres boa
Ficarei eu muito bem.


109- Marilene, 17/2/12
Ah, os olhos que se abraçam
Pra de novo se perderem...
São juras que ao longe passam,
São tudo... sem nada serem.


108- Juju, 17/3/12
Flores há que dão ao vento
Seu pólen para outra flor,
Fazendo dele instrumento
Das peripécias do amor.


107- Marcia, 17/3/12
Ela é a guerreira que há em ti.
Teu alter-ego, teu avatar.
É teu apoio se vais cair.
Teu salva-vidas, ao naufragar.


106- Marcia, 17/3/12
Andaste lendo, em poema
Do Casimiro de Abreu
Que uma Entidade Suprema
É maior que o mar teu...


105- Severa, 16/3/12
Severa, minha menina,
Gostei do seu poetar;
Você é a doce felina
Que bem sabe ronronar...


104- Severa, março de 2012
Às vezes o mundo é uma selva;
Mas sempre que me sinto mal
Venho repousar na relva
Ao pé de Severa Cabral.


103- Inédita (eu acho...)
E quando chegar a hora
De equilibrar-se no centro
Conversa se joga fora
Poema se guarda dentro


102- Graça, pelo MSN, 30/10/11
Eu jogo os versos pra cima
E sei lá onde é que vão
Mas versejar me anima
E faz bem ao coração.


101- Inédita (?)
Pintei com tuas ricas cores
Os meus humildes versinhos;
E mando-te estas flores
Para enfeitar teus caminhos.

Niterói, julho de 2012
Rodolfo Barcellos

terça-feira, 10 de julho de 2012

Lua diurna


     Nove da manhã. Dia bonito, poucas nuvens no céu. Um sol tímido de inverno trava escaramuças com uma brisa gelada, filha do vento noturno que cantou até a madrugada.
     Após o café da manhã, saio ao quintal para o ritual sagrado em dias claros de inverno, ritual que tem o nome mineiríssimo de "quentar sol".
     Celebro em comunhão com os pássaros e as plantas o calor e a luz aos quais só damos valor nesta época de frio; e ao erguer os olhos na vã tentativa de calcular os minutos antes que a próxima nuvem se interponha entre o Sol e o centro do universo - no caso, eu - eis que me deparo com ela.
     É incrível que haja pessoas que nunca perceberam que ela é visível durante o dia. Entre essas, um filósofo russo que sustentava que "a Lua é mais útil que o Sol, pois brilha à noite, quando tudo está escuro, enquanto o Sol brilha de dia, quando tudo está claro". Esqueci-lhe o nome (citado por George Gamow, em "Nascimento e Morte do Sol"); e se você souber, não mo diga. Não quero me dar ao trabalho de esquecê-lo novamente.
     A Lua é visível durante metade do dia nas proximidades de suas fases de quarto-crescente (à tarde, a leste) ou quarto-minguante (pela manhã, a oeste). Tirei a foto às nove e pouco e deu-me vontade de compartilhar com os amigos. Assim, abreviei (com pena) o ritual de "quentar sol" e entrei para esquentar o computador e os neurônios.
     Estava na metade desta crônica quando o Daniel veio me avisar da visita do agente mata-mosquito da prefeitura. Após acompanhá-lo na vistoria (tudo certinho), lembrei-me que o Daniel fotografa melhor que eu e chamei-o para fotografar a Lua.
     - A Lua?! Agora? - estranhou ele.
     Casa de ferreiro, espeto de pau... só então eu percebi que ele fazia parte da multidão que nunca vira a Lua de dia. Levei-o ao quintal... mas passava das onze e a Lua tinha já se escondido no horizonte oeste.
     Voltamos para dentro de casa, eu, frustrado, ele, balançando a cabeça, com pena desse avô que, por conta da idade, anda vendo coisas, como a Lua no céu em pleno dia...
     Não faz mal. Amanhã ela ainda estará lá. E se o céu estiver claro, e se o Daniel estiver acordado, e se as pilhas da máquina estiverem boas, conseguiremos uma foto melhor e o Daniel parará de balançar a cabeça. Se, se, se...
     Por agora, contente-se com essa foto desfocada. E se avistar a Lua amanhã pela manhã, lembre-se de mim. Eu provavelmente estarei olhando para lá, também.
Foto: Rodolfo Barcellos


Niterói, julho de 2012
Rodolfo Barcellos

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sete sete-setes, IV

     Fins de novembro passado, as sete-setes continuavam a me brotar do teclado sob a batuta dos textos inspiradores dos amigos. Aí estão mais sete.
Imagem: Wikipedia


IV.7- Carla, 3/12/11
Bolha pequenina e frágil,
Que carregas tantas cores
Ao sopro da brisa, ágil,
Desviando-te das dores,
Ao céu sobe, resplendente,
E leva ao Onipotente
As preces de meus amores!

IV.6- Marcia, 29/11/11
- "Espelho, ó espelho meu...
Haverá no mundo alguém
Mais otimista do que eu"?
- "É claro que não, meu bem.
Vós sois a bela Marcinha,
Da beleza a rainha,
Do otimismo também"!

IV.5- Milla, 27/11/11
Com sete ramos de arruda
O sete-estrelo eu contato;
Mais sete "Deus nos acuda"
E as sete vidas do gato;
E em sete redondilhas
Canto sete maravilhas
Num recomeço de fato!

IV.4- Andréya, 26/11/11
Receia o convidado
Ter o seu pé nu ferido
Num estilhaço deixado
Por um velho amor partido;
Varre bem todos os cantos
Recolhe dores e prantos
E recebe teu querido.

IV.3- Carla, 26/11/11
Teu coração é estrada,
Pétalas são nossos versos;
Nossa poesia é a florada
Pelos caminhos dispersos.
De pés nus caminharemos,
Dia a dia comporemos
Os poemas mais diversos.

IV.2- Carla, 26/11/11
Purificado ao fogo
De um ardente coração
O amor se lança ao jogo
De extrair o "sim" do "não";
E as folhas no chão pisadas
Serão gemas engastadas
No diadema da paixão.

IV.1- Marilene, 25/11/11
Tu as chamas de palavras
E com estes tijolinhos
Searas de amor tu lavras,
Combates feros moinhos,
Recontas mil epopeias,
Descobres novas ideias,
Desbravas novos caminhos!

Niterói, julho de 2012
Rodolfo Barcellos

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Mais uma

     Outra?!

O Grande Colisor de Hádrons (LHC) é um anel de 27 km a 100 m de profundidade, na fronteira da França com a Suíça. Faz parte de um complexo sistema de sincrotrons e aceleradores lineares do CERN que meu amigo Jair chama de "trapizonga". 
     Fui logo "contar a novidade" a ele:
     - Descobriram o tal Bóson de Higgs! A tal "partícula de Deus"!
     Ele fez que não sabia. Sorriu, irônico:
     - Afinal de contas, ela é minha ou é do Higgs?
     - Foi o pessoal do CERN... naquela coisa que o Jair chama de "trapizonga"!
     - O Jair sabe dar nome aos bois. O que você achou da novidade?
     - Bem, você sabe... na minha opinião, todas as partículas e forças do universo trazem a sua assinatura. Mas cada uma que é descoberta é considerada "mais fundamental" que as anteriores. Você não fica incomodado quando essa gente "se acha", cada vez que damos um mísero passinho à frente?
     - Eu gosto. Cada vez mais eles se admiram com a estrutura da catedral. Cada passo é um avanço na compreensão de sua arquitetura. E o estudo da obra levará à conscientização de que existe um arquiteto.
     - Pra mim eles são um bando de arrogantes. Brilhantes, mas arrogantes.
     - Esses são minoria. Acontece que a arrogância necessita gritar na tentativa de parecer sabedoria.
     Lembrei-me da simplicidade de Isaac Newton, Albert Einstein e outros gênios do mesmo calibre. Ele, como sempre, lançava uma luz nova sobre as falhas de minha argumentação.
     - E o que vai acontecer agora?
     - Eles vão fazer mais experiências em busca de respostas... e vão descobrir dezenas de perguntas.
     - É... como sempre...
     Retirei-me, pensativo. Nem me lembrei de pedir licença ou dizer "até logo".
     Não faz mal... ele não liga para minha sem-cerimônia. E sempre estará disposto a conversar comigo.

http://noticias.br.msn.com/mundo/cientistas-descobrem-pista-do-que-pode-ser-a-part%C3%ADcula-de-deus-entenda

Niterói, 4 de julho de 2012
Rodolfo Barcellos

domingo, 1 de julho de 2012

Trovas 91-100

     Tomei a liberdade de incluir nessa coletânea, para comemorar a trova de número 100, uma que me foi gentilmente presenteada pela Milla. E a de número 91 não é, a rigor, uma trova, mas uma quadrinha em metro heroico, publicada em março em comemoração ao Dia da Poesia.
Imagem enviada pela amiga Regina Rozembaum
100- por Milla, em 11/3/12
Cantas o amor plenamente
Com firmeza e doçura.
Há que se cantar, somente,
A felicidade pura!


99- Graça, 29/6/11
Quem erra na empreitada
Aprende a recomeçar;
Erra mais quem não faz nada
Só por medo de errar.


98- Sandra, 18/7/11
A dor dessa tua ausência,
Sendo por tão nobre causa,
Se transforma em bem-querência;
Mas que seja breve a pausa...


97- Zélia, 3/6/11
E quantas vezes na vida
Apagamos os faróis,
Deixando a alma perdida
Naufragar entre os atóis...


96- Rê, 2/6/11
Escreve em teu para-choque
Alguma coisa assim:
"Aqui eu vou a reboque,
Porque Deus guia por mim."


95- Milla, 14/3/12
Eu nunca me arrependo
De vir aqui todo dia
E contigo um preito rendo
Ao Dia da Poesia!


94- Quiosque, 14/3/12
O poeta nunca mente
Mas do engano está às portas,
Pois pra dizer o que sente
Escreve por linhas tortas.


93- Carla, 14/3/12
Da rocha sólida e dura
Dos teus valores morais
Nasce a nuvem leve e pura
Dos teus versos ideais.


92- Isa, 13/3/12
O vento, ao que perguntares,
Não saberá responder;
E fugirá pelos ares
Buscando o próprio prazer.


91- Sete Ramos, 13/3/12
Enquanto o mundo não decide o dia,
Aqui no Sete Ramos se decreta
Que toda noite é noite de Poesia,
E todo dia é dia do Poeta!

Niterói, julho de 2012
Rodolfo Barcellos