Alagoana,
Sinto saudades de ti.
Sabes? Deixei meus dedos
Dançarem sobre o teclado
Para escrever o recado
Que eu quero deixar aqui.
Alagoana,
Sinto saudades de ti.
Sabes? O teu perfume
Chegou-me através do vento
Que, caprichoso e atento,
Trouxe notícias daí.
Confirmou que tu me amas, alagoana,
E eu que nunca confiei
Nos devaneios da brisa
Desta vez acreditei.
Ama-se, e oh! alagoana,
Ah, Maceió!
Como se ama
Em Maceió!
Sabes, alagoana?
A primavera vem por ti.
Há sete dias passados,
As luzes furta-cores do equinócio
Vieram dançar comigo, ao por do Sol.
E um reflexo rosado
Num tom radioso e dourado
Segredou-me: É por ela que viemos.
Confirmou que tu me amas, alagoana,
E eu que nunca confiei
Nos reflexos das luzes
Desta vez acreditei.
Eu não sabia, alagoana, que meus sonhos,
Nas horas em que estou acordado,
Dormem no umbral de tua porta,
Na comunheira do teu teto,
Na comunhão das rolinhas,
Lá mesmo onde dormem os teus.
E lá, os nossos sonhos sonham juntos
Em prosas e poemas remendados
Com cobras floridas, que voam sem ter asas,
E tiram fotos do Cristo Redentor.
Confirmou que tu me amas, essa cobra,
E eu que nunca confiei
Na malícia das serpentes
Desta vez acreditei.
Eu não sabia, alagoana, que meus sonhos,
Nas horas em que estou acordado,
Dormem no umbral de tua porta,
Na comunheira do teu teto,
Na comunhão das rolinhas,
Lá mesmo onde dormem os teus.
E lá, os nossos sonhos sonham juntos
Em prosas e poemas remendados
Com cobras floridas, que voam sem ter asas,
E tiram fotos do Cristo Redentor.
Confirmou que tu me amas, essa cobra,
E eu que nunca confiei
Na malícia das serpentes
Desta vez acreditei.
Por ti, alagoana, as floradas cantam e o céu se enfeita;
Por ti a terra se veste de campos,
Os campos se vestem de lírios
E os lírios se vestem de Deus.
E um serafim trombeteiro, alagoana,
Mulato de olhos verdes,
Com rosas na carapinha,
Soprou-me forte a trombeta
Dizendo: Por ela eu vim.
Confirmou que tu me amas, esse arauto,
E eu que nunca confiei
Nas profecias dos anjos
Desta vez acreditei.
Viste hoje a Lua? Ela vestiu-se em tons de prata
E fez-se toucar de estrelas
Num luar de serenata
E um serafim trombeteiro, alagoana,
Mulato de olhos verdes,
Com rosas na carapinha,
Soprou-me forte a trombeta
Dizendo: Por ela eu vim.
Confirmou que tu me amas, esse arauto,
E eu que nunca confiei
Nas profecias dos anjos
Desta vez acreditei.
Viste hoje a Lua? Ela vestiu-se em tons de prata
E fez-se toucar de estrelas
Num luar de serenata
E disse-me que era por ti.
Confirmou que tu me amas, alagoana,
E eu que nunca confiei
Nas confidências da Lua
Desta vez acreditei.
Sinto saudades de ti, alagoana,
Sinto saudades de ti.
Mandei-te igual resposta
Na brisa, nas luzes, na cobra,
No serafim e na Lua,
No serafim e na Lua,
Em feitio de oração;
Porém só confies nela
Se for idêntica àquela
Que mora em teu coração.
A Lua passou em Aquário, pronta para a festa, e deixou um recado antes de ir desfilar em Peixes... (Foto dia 28 às 19 horas) |
Parabéns, Mi, Pétala Rosadinha, Mi_nina-ternura, Bruxinha, Mimosa, Lagarta Listrada, Milóka, Galeguinha, Miminha...
Feliz aniversário, Milene Lima!
Feliz aniversário, amada nossa!
Feliz aniversário, querida minha!
Niterói, 29 de setembro de 2012 - aniversário da Milene
Rodolfo Barcellos