sábado, 31 de agosto de 2013

Sete sete-setes, XXXI


     Já virou hábito organizar minhas trovas e sete-setes na ordem inversa, dentro de cada postagem. Isso facilita o registro em rascunho e não interfere na montagem - exceto quando as estrofes perdem sua independência, como as duas que abrem esta série...
Foto: Dama da Noite - Rodolfo e Beatriz Barcellos
XXXI.6- por Milene, e 7- resposta, 3/2/13
Todo sábado é certeza
De encontrar verso rimado
É tamanha a boniteza
Lindo quadro emoldurado
Transbordante de carinho
Tudo muito amorozinho
E repleto de cuidado.

Todo domingo é certeza
De achar um comentário
Feito com delicadeza
No mais estranho horário
Da madrugada silente
Pela poetisa da gente
A bela do Relicário.

XXXI.5- Sandra Subtil, 2/2/13

A luz vem do universo
Entrando pela janela
Iluminando teu verso
Em cores de aquarela
Vestindo flores com flores
Despindo do amor as dores
Na poesia mais bela!

XXXI.4- Marcia, 2/2/13

Vive os bons e os maus momentos,
Dias de luz ou cinzentos,
Mas vive! Vive, que a dor
É outra face do amor
Que merece ser vivida,
Seja em cinza ou colorida,
Seja onde e quando for.

XXXI.3- Severa, 29/1/13

Tu nos falas de um portal
Do outro lado do qual
Não há destino nem sorte,
Não há fraco nem há forte;
Há somente eternidade,
Há somente a verdade,
Há a vida após a morte.

XXXI.2- Lu Nogfer, 28/1/13

Quando enfim te libertares
Dos grilhões de teus temores
E teus prazeres e dores
Livremente aceitares
Teus dias serão risonhos,
Ganharão vida teus sonhos,
Para tanto, basta ousares!

XXXI.1- Sissym, 28/1/13

À minha amiga Sissym
Que é a Fada Sem Fim
E à sua filha Nãnão
Que é a Fadinha em Botão
E que enfeitam meu jardim
E espalham pirlimpimpim,
Um beijo no coração.

Niterói, agosto de 2013
Rodolfo Barcellos

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Caça-rimas 12

Solução do caça-rimas 11:
O que semeares tu, outros colherão. E teus frutos darão testemunho de ti.
Felizes são aqueles que caminham sem cuidado,
Lançando às mancheias as sementes pelo chão;
Nem todas ao cair sempre terão em flor brotado,
Mas muitas ao passante com certeza alegrarão.

E quando teu caminho estiver atapetado
De rosas, margaridas, lírios, dentes-de-leão,
Tu nem te lembrarás que um poeta apaixonado
Plantou em verso as flores que criou no coração.

Mas sei que em meio às flores que colheres neste prado
Por certo que também tu levarás, multiplicado,
Penhor e esperança de uma nova geração,

O pólen que fecundará o lírio perfumado,
E assim a vida segue no seu ciclo delicado:
Do grão vai nascendo a flor, vai da flor nascendo o grão.

*  *  *  *  *
Para hoje, um soneto feito há dois anos, em homenagem à Bruna da Ma:
Bruna                                                     BANCO
Rodolfo Barcellos                                        DE RIMAS

Tão livres como o voo de uma ______                      1 -anos,
Tão negros como a asa da ________                        2 -ardentes!
Ao sopro deste brisa tão ________                        3 -ave,
Ondulam teus cabelos, bela ________                      4 -Bruna.

E os olhos? Estes olhos ________                         5 -cetinosos,
Que deixam escapar centelhas ________                    6 -céu.
Por entre cílios longos, ________                        7 -enamorado
Faíscas que vêm só de almas ________                     8 -enganos,

Teu rosto franco, claro, sem ________                    9 -graúna,
Teu riso leve, doce e ________                           10-mel!
Nos lembram os dos anjos lá do ________                  11-misteriosos

Mas já em teus tão poucos, verdes ________               12-quentes
Farás um coração ________                                13-rosado,
Aos beijos destes teus lábios de ________                14-suave

sábado, 24 de agosto de 2013

Trovas 381-390

     Final de janeiro: chuvas, chuvas, chuvas... clima propício ao trovador ocioso - as quadrinhas-comentários nascem como cogumelos. Eis mais uma safra de verão:
Imagem: Internet (v. marca d'água)

390- Milene, 29/1/13
Eu sou bruxo, tu és fada
Mas trocamos o viver:
Vais dançar na madrugada
E eu já vou adormecer.

389- Denise, 29/1/13

Tu me trazes no teu beijo
Orvalhos das madrugadas
Cores quentes do desejo
Promessas de alvoradas.

388- por Milene (MSN), 29/1/13

São seus olhos de poeta
cor do mar de Niterói
que me veem linda e lírica
tanto afeto só constrói

387- Débora (Face), 29/1/13

O planeta, mais um giro,
Crescendo em espiral;
Mais um ano, um suspiro,
Um verão, um carnaval.

386- Milene (MSN), 28/1/13

Sinto falta, na verdade,
De meus amores distantes;
Inda mato esta saudade
Se ela não me matar antes.

385- Regilene, 28/1/13

Sim... tu voas, noite e dia,
Nos versos dos sentimentos,
Nas rimas dos pensamentos,
Nas asas da poesia.

384- Rita, 28/1/13

Vim curtir o teu cantinho
E fui pro fogão depois;
Se o baião é bom sozinho
Que dirá baião de dois?

383- Graça, 28/1/13

Que sonhos estarão vivos
No sono de uma criança?
Sonhos de amores cativos
De inocência, de esperança...

382- Milene, 28/1/13

Ao cronista nos remete
Esta garimpagem tua
Feita à meia noite e sete,
Pelo relógio da Lua.

381- Margoh, 26/1/13

Os ciclos, quando se fecham,
Abrem-se cada vez mais.
E novo começo deixam
Crescendo em espirais.

Niterói, agosto de 2013
Rodolfo Barcellos

     PS:
Hoje é dia de festa
Na casa da Dôra mana;
Mando-lhe um beijo na testa
E um abraço bem bacana.
Queria dar-lhe um presente
Mas fica ele ausente
Pois estou com pouca grana...

Feliz aniversário, maninha!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Caça-rimas 11

     Solução do caça-rimas anterior:


A RECONTADEIRA DE ESTÓRIAS 
(para Lu Cavichioli) 

Nessa terra encantada 
Onde até a viragem 
De abóbora em carruagem 
Há que ter hora marcada 

E onde um beijo bem dado 
Produz um efeito estranho 
E em vez de levar ao sonho 
Deixa alguém bem acordado 

Ou faz um noivo de um sapo 
(Se a noiva não virar rã) 
Onde se conta outro papo 
Sobre a serpente e a maçã 

Nessa terra encantada 
Onde nem tudo são glórias 
Apareceu uma fada 
Recontadeira de estórias 

Qual novo Mendes Fradique 
A Lu, nossa cara amiga 
Veste em novo traje chique 
Toda essa turma antiga!

     Parabéns aos caçadores. Para hoje, convido os amigos para uma expedição venatória diferente: um soneto em versos bárbaros (14 versos de 14 sílabas poéticas cada um), que levou dois anos (!) para ficar pronto. Começou em agosto de 2011 como uma quadrinha em comentário a Carla Fernanda e ganhou a segunda quadra há uma semana, após um bate-papo com Denise. Os dois tercetos finais só saíram domingo passado.
Foto: Rodolfo Barcellos

Ciclos                                                       BANCO
Rodolfo Barcellos                                            DE RIMAS

Felizes são aqueles que caminham sem ________                1 -alegrarão.
Lançando às mancheias as sementes pelo ________              2 -apaixonado
Nem todas ao cair sempre terão em flor ________              3 -atapetado
Mas muitas ao passante com certeza ________                  4 -brotado,

E quando teu caminho estiver ________                        5 -chão;
De rosas, margaridas, lírios, ________                       6 -coração.
Tu nem te lembrarás que um poeta ________                    7 -cuidado,
Plantou em verso as flores que criou no ________             8 -delicado:

Mas sei que em meio às flores que colheres neste ________    9 -dentes-de-leão,
Por certo que também tu levarás, ________                    10-grão.
Penhor e esperança de uma nova ________                      11-multiplicado,

O pólen que fecundará o lírio ________                       12-perfumado,
E assim a vida segue no seu ciclo ________                   13-geração,
Do grão vai nascendo a flor, vai da flor nascendo o ________ 14-prado

     Boa caçada!

Niterói, agosto de 2013
Rodolfo Barcellos

sábado, 17 de agosto de 2013

Sete sete-setes, XXX

     Vez em quando, os escritos dos amigos não cabem num sete-sete comportado. A Milene extrapolou em janeiro (veja http://petalarrosadinha.blogspot.com.br/2013/01/no-claro-do-escuro-da-noite.html) e me fez levantar três vezes, para aplaudir de pé... em três sete-setes encadeados.
Roubei da Milene, que roubou de algum ladrão...

XXX.7- Marilene, 26/1/13
Teus versos em poesia
Que despem rimas em flor
São os véus da fantasia
Cobrindo a nudez da dor;
Tão transparentes, etéreos,
Que mostram todos mistérios
Das profundezas do amor!

XXX.6- Sandra, 26/1/13
Você, Sandrinha querida,
Com cento e cinquenta mil,
É a blogueira preferida,
A mais lida do Brasil!
Estatísticas não mentem;
E por pouco que comentem
Seu ibope explodiu!

XXX.3 a 5- Milene, 26/1/13
A noite é uma pessoinha
Que finge ser namorada
E tira a gente da linha
Pra fugir na madrugada
E dorme durante o dia
E sonha com poesia
E acorda toda estrelada.

A noite é uma criança
Que chuta a bola da Lua
E ri, e canta, e dança
Com as meninas da rua
E brinca de amarelinha
E chega ao Céu da estrelinha
E voa na história tua.

A noite é tua amante
Mas é minha namorada
Cada estrela é diamante
Cada nuvem é sacada
Cada brisa é abraço ardente,
Cada som é beijo quente
Cada viela é estrada.

XXX.2- Marcia, 25/1/13
Cada um tem o seu onde,
O seu como e seu porquê;
Cada um toca seu bonde
Cada um tem seu apê;
Cada um sabe seu quando,
Mas eu sigo perguntando
Quem é o "quem" de você...

XXX.1- Vera Lúcia, 23/1/13
Nunca deixes um espelho
Refletir em teu lugar;
Ele só dá mau conselho
A quem não sabe pensar.
Reflete tu, que a imagem
Não é mais que uma miragem,
Não te deixes enganar!

Niterói, agosto de 2013
Rodolfo Barcellos

     PS: Recado importante:
Me contou um passarinho
Que uma leoa do bem
Vai fazer mais um aninho
Segunda-feira que vem;
E aproveitando o ensejo
Adianto aqui meu beijo
E um grande abraço também!

     Feliz natal, Regina!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Caça-rimas 10

     Solução do caça-rimas anterior:


A MONTANHA E O MAR

Disse a montanha, arrogante,
Ao mar, que na praia adiante,
Vinha brincar a seu pé:

Tu és extenso, mas plano;
Sem alturas, oceano...
Não chegas a meu sopé;

Possuo ricos minérios,
Não escondo meus mistérios
A quem me quer conquistar;

Sou grande, enorme, gigante,
Ergo-me às nuvens, pujante;
Perto de mim... que é o mar?

E o mar, ouvindo aquilo,
Responde, em tom tranquilo,
Com um suave marulho:

Não te invejo a grandeza
Pois também eu, com certeza,
Tenho motivos de orgulho.

A minha profundidade
Existe na eternidade;
Não preciso de altitudes.

Por mim, os poetas cantam;
Mas os bardos não levantam
Hosanas às tuas virtudes.

Guardo em minhas profundezas
Inumeráveis riquezas,
Mas tu não as podes ver;

São insondáveis belezas
De variadas naturezas
Que tu nunca hás de ter.

E as nuvens, não te esqueças,
São minhas filhas travessas
Geradas na luz do sol;

Na altura te sobrepujam,
Mesmo quando ao vento fujam,
Em busca do arrebol.

E teus diamantes, ouros,
Platinas e mais tesouros
Que os homens roubam de ti,

Quantas vezes são perdidos
Em naufrágios, submergidos?
Hoje estão todos aqui!

Mas minha maior riqueza,
Posso dizer com certeza,
É o carinho das sereias

Que eu abraço, apaixonado,
E que me chamam de amado,
Afagando-me as areias.

     De novo, um alto índice de acertos... parabéns aos caçadores.
     Para hoje, um poeminha para uma Dona Carochinha moderna:
Imagem roubada da Lu
A RECONTADEIRA DE ESTÓRIAS                       BANCO
(para Lu Cavichioli)                             DE RIMAS

Nessa terra ________                             1 -acordado
Onde até a viragem                               2 -amiga
De abóbora em ________                           3 -antiga!
Há que ter hora ________                         4 -carruagem

E onde um beijo bem ________                     5 -chique
Produz um efeito estranho                        6 -dado
E em vez de levar ao ________                    7 -encantada
Deixa alguém bem ________                        8 -encantada

Ou faz um noivo de um ________                   9 -estórias
(Se a noiva não virar _______)                   10-estranho
Onde se conta outro papo                         11-Fradique
Sobre a serpente e a ________                    12-fada

Nessa terra ________                             13-glórias
Onde nem tudo são glórias                        14-maçã
Apareceu uma ________                            15-marcada
Recontadeira de ________                         16-papo

Qual novo Mendes ________                        17-rã
A Lu, nossa cara ________                        18-sapo
Veste em novo traje chique                       19-sonho
Toda essa turma ________                         20-viragem

PS:  Mendes Fradique escreveu, em meados do século XX, a História do Brasil pelo Método Confuso, onde ele ironiza a "versão oficial" num estilo muito semelhante ao da Lu.
http://books.google.com.br/books?id=Uh98iyCmdLgC&printsec=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false

sábado, 10 de agosto de 2013

Trovas, 371-380

     Trovas de janeiro... comentários que trazem a marca das amizades que brotaram nestes jardins internéticos, tão floridos e exuberantes, com seus perfumes misturando-se na brisa das prosas e ao sopro dos poemas de meus amigos inspirados e musas inspiradoras...


380- Isa, 25/1/13
Vozes d'África, que cantam
A canção de uma vida
Em palavras que encantam
Na voz da Isa querida!

379- Severa, 23/1/13
Nesta explosão de cores
Na florada do ipê
Dentre tantas belas flores
A flor mais bela é você!

378- Leninha, 22/1/13
Uma casa é poesia
É música pra se rimar
Cantada em versos por Lia
É teu lar... teu doce lar.

377- Margoh, 17/1/13
Passa boi passa boiada
Passa lona passa linho
Passa tudo passa nada
Passa passa passarinho.

376- Severa, 17/1/13
Poetas de formas e cores
São artesãos, por direito;
E aqui recebem o preito
De uma artesã dos amores.

375- Catia Bosso, 17/1/13
Numa fita cor de rosa
Tão formosa e bonita
Vem Catita poderosa
Toda prosa e catita.

374- Isa, 15/1/13
Teu coração de menina
É tão jovem que é capaz
De alternar adrenalina
Com horas de pura paz.

373- Regina, 15/1/13
"Assaltado não reaja"
É o que ouço na tevê;
Haja saco, saco haja,
O SAC assalta você!

372- Margoh, 15/1/13
Tuas asas são teus versos.
Creia-me. São muito bons.
Ouvi o ruflar de asas?
Ah! Essas asas têm sons.

371- Zilani, 15/1/13 (quadrinha em decassílabos)
Amar é espalhar versos ao vento,
É cantar a todo e qualquer momento
A canção que exsurge em nossa alma
Nos momentos de êxtase ou de calma.

Niterói, agosto de 2013
Rodolfo Barcellos

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Caça-rimas 9

     Solução do caça-rimas anterior. Todo mundo acertou... será que estava tão fácil?

O céu de Ma

Roubei a imagem de teu lindo céu
E agora no tempo e no espaço voarei,
Vagando entre os astros, liberto, ao léu,
E em versos singelos a ti cantarei.

Músicas, cerâmica, poemas, pintura...
Luzes que destilam das mãos da artista,
Arte! Arte soberba, tão bela e tão pura!
Que hoje nos traz a linda ceramista!

Dançarei com nebulosas e cometas,
A música das esferas ouvirei;
Teu universo aprisionou-me a alma.

Mas eu, zeloso com os demais poetas,
Uma estrela, ciumento, escolherei
E entre milhares alcançarei a palma.

     Para hoje, um poeminha feito em outubro de 2011 - A montanha e o mar. Inspirado no Mar de Marcia, não era subdividido em cantos; fiz isso aqui para não complicar muito a caçada dos amigos. Assim, cada "canto" tem seu próprio banco de rimas. Boa caçada aos aventureiros.
Atol das Rocas - uma montanha mergulhada no mar
     A montanha e o mar

Canto I                                            BANCO
A montanha                                         DE RIMAS

Disse a montanha, ________                       1 -adiante,

Ao mar, que na praia adiante,                    2 -arrogante,
Vinha brincar a seu ________                     3 -conquistar;

Tu és extenso, mas ________                      4 -gigante,

Sem alturas, ________                            5 -mar?
Não chegas a meu sopé;                           6 -minérios,

Possuo ricos ________                            7 -mistérios

Não escondo meus mistérios                       8 -oceano...
A quem me quer ________                          9 -pé:

Sou grande, enorme, ________                     10-plano;

Ergo-me às nuvens, pujante;                      11-pujante;
Perto de mim... que é o ________                 12-sopé;

Canto II                                           BANCO

O mar                                              DE RIMAS

E o mar, ouvindo ________                        1 -altitudes.
Responde, em tom ________                        2 -aquilo,
Com um suave marulho:                            3 -cantam;

Não te invejo a ________                         4 -certeza,
Pois também eu, com ________                     5 -eternidade;
Tenho motivos de ________                        6 -grandeza

A minha ________                                 7 -levantam

Existe na eternidade;                            8 -marulho:
Não preciso de altitudes.                        9 -orgulho.

Por mim, os poetas ________                      10-profundidade

Mas os bardos não ________                       11-tranquilo,
Hosanas às tuas virtudes.                        12-virtudes.

Canto III                                          BANCO
Ainda o mar                                        DE RIMAS

Guardo em minhas ________                        1 -arrebol.
Inumeráveis ________                             2 -belezas
Mas tu não as podes ver;                         3 -esqueças,

São insondáveis ________                         4 -fujam,
De variadas naturezas                            5 -naturezas
Que tu nunca hás de ________                     6 -profundezas

E as nuvens, não te ________                     7 -riquezas,
São minhas filhas travessas                      8 -sobrepujam,
Geradas na luz do ________                       9 -sol;

Na altura te ________                            10-ter.
Mesmo quando ao vento fujam,                     11-travessas
Em busca do ________                             12-ver;

Canto IV                                           BANCO
Sempre o mar                                       DE RIMAS

E teus diamantes, ouros,                         1 -amado,
Platinas e mais ________                         2 -apaixonado,
Que os homens roubam de ________                 3 -aqui!

Quantas vezes são ________                       4 -areias.
Em naufrágios, submergidos?                      5 -certeza,
Hoje estão todos ________                        6 -ouros,

Mas minha maior ________                         7 -perdidos
Posso dizer com ________                         8 -riqueza,
É o carinho das sereias                          9 -sereias

Que eu abraço, ________                          10-submergidos?
E que me chamam de amado,                        11-tesouros
Afagando-me as ________                          12-ti,

Niterói, agosto de 2013
Rodolfo Barcellos

sábado, 3 de agosto de 2013

Sete sete-setes, XXIX

     A imagem abaixo foi copiada do conto "Os Sete Ramos de Oliveira",  que deu origem ao nome deste blog. O tabuleiro tem apenas sete por sete casas. O conto, ainda inédito em forma impressa, pode ser apreciado em PDF no link
http://rrbarcellos.weebly.com/uploads/4/3/2/9/4329607/7ro-ego_pub.pdf
Mate em dois, tabuleiro 7x7, sem capturar - por Rodolfo Barcellos
XXIX.7- Lu Nogfer, 22/1/13
A pauta de nossas vidas
Em sustenido ou bemol,
Em notas, pausas medidas,
Claves de Fá ou de Sol,
Qualquer que seja o compasso
A Música enche o espaço
Como a luz de um farol.

XXIX.6- Marcia, 22/1/13
O tempo que nos é dado
Entre o encontro e a despedida
Não será desperdiçado
Se o enchermos de vida,
Cada hora aproveitada
Desde o beijo da chegada
Ao abraço da partida.

XXIX.5- Marilene, 22/1/13
O livre arbítrio não voga
Nas coisas do coração.
Aqui é lei que revoga
O parecer da razão;
Quem nada contra a corrente
Se arrisca inutilmente
A se afogar na ilusão.

XXIX.4- Manuela, 22/1/13
Fruir o tempo que passa
Desfrutando sensações;
Dar valor ao que é de graça,
Ao ar de nossos pulmões,
À claridade do dia,
De noite, à poesia,
Ao amor nos corações!

XXIX.3- Milene, 21/1/13
Não deixe dona Isabella
Aprender xadrez errado;
O cavalo - diga a ela -
Anda aos pulos no tablado;
Sai da casa amarela
Dá quatro saltos sem sela:
É um, dois, três - um pro lado...

XXIX.2- Denise, Thays e Nicolas, 21/1/13 (Facebook)
Abençoado este dia
Em que de Thays nasceu
Mais um neto da Poesia,
Mais um poema que é seu!
Glória! Hosana! Alegria!
Nicolas é hoje o guia,
A estrela resplandeceu!

XXIX.1- Lu Nogfer, 19/1/13
Anjo meu, que nunca cantes
O canto amargo - só o doce;
Abre tuas asas gigantes
Como se gigante fosse
Teu cantar; é acalanto
Que faz secar o meu pranto
Que já agora acabou-se.

Niterói, agosto de 2013
Rodolfo Barcellos

     PS: Para as aniversariantes de amanhã, sonetos requentados de 2011.

      Do outro lado do mar - Amélia Costa, a Alma Inquieta (em portunhol):


Alma minha, inquieta, que sorriste,
De Porto Cale en sonrisa ardente,
Trazendo brisas de estio caliente
Para aquecer el nuestro inverno triste,

Se de Castela as armas não herdaste
Pois sob o signo de Leão nasceste,
A las dos Casas tu destino deste
Nas doces falas com que nos falaste;

Y hoy, que el cumpleaños tu celebras,
Permite que este amigo do Ocidente
Te diga nesta fala misturada

Quão fortes son los hilos y las hebras
Desta amistad que mantém tanta gente
Unida aunque esté tan separada!

     Feliz aniversário, Amélia!

     Do outro lado da serra - Graça Lacerda, a bordadeira internética:


Desce hoje, em Pouso Alegre, um anjo à Terra
Celebrando mais um ano de alegria
Desta amiga que em sua alma encerra
Botões de madre, pérolas de harmonia;

Um anjo de prata, um coração de ouro,
Que em desafio às agruras desta vida,
Faz da amizade seu maior tesouro
E entre nós a derrama, sem medida;

E na data em que nós todos te abraçamos
Com o carinho que cresce na razão
Bem direta do quadrado da distância,

Ouve, querida, o canto que entoamos
Em tua honra, nesta celebração
Ao som de tanta pompa e circunstância!

     Feliz aniversário, Graça!