Mas hoje, demônio velho, não cairei nesse truque psicológico barato. Não ligarei a TV, não lerei livros ou jornais, não telefonarei para ninguém. Porque sei que ela, a minha amada, está vindo.
Desfia a tua ladainha, velho demônio, desfia-a mais rápido, que os segundos da espera não se contam como aqueles da tristeza. E quando minha amada estiver em meus braços, será minha vez de contar: uma a mais, uma a mais, uma a mais...
Pois dela os beijos são vida, e os carinhos são eternidade, e seu amor não cabe neste ridículo universo onde espaço e tempo têm seus limites. Ela me levará nas asas da paixão e me guiará para onde não se contam moedas, onde não há sacos de diferentes tamanhos, onde os demônios contadores se encolhem envergonhados e perecem à míngua de relógios, onde tempo não é dinheiro e dinheiro não é mais que fumaça. E lá escarneceremos de ti, até o fim dos tempos.
Belo texto, Rodolfo. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite.
ResponderExcluirRodolfo, eu estava num transito danado sentindo calor e li seu texto pelo celular.
ResponderExcluirFiquei emotiva, me senti um pouco ali, nas suas palavras, enfrentando o tempo sem se entregar. Voce tem algo a se apegar (ou te salvar), o seu amor que estava chegando.
Eu, bem, não tenho um amor a chegar, luto para não me dar por vencida.
Bjs
Lindo, empolgante e emocionante texto, com a profundidade que tão bem soubeste dar! abraços, lindo dia,chica
ResponderExcluirOlá Barcellos,
ResponderExcluirAo ler o primeiro parágrafo pensei que você estava se referindo ao tempo que nos é subtraído a cada dia, haja vista a proximidade do seu aniversário-rsrs.
Bela prosa poética. Escarnecer o tempo seria uma grande façanha-rs.
Abraço.
Barcellos, que beleza!!! O tempo de amor acrescenta e preenche aqueles outros, roubados em contagem que não se deseja fosse feita. Grande abraço, meu admirado escritor.
ResponderExcluiro bater sagrado do coração....
ResponderExcluirbeijo