quarta-feira, 6 de maio de 2015

Os dias delas

      (Nota: impossibilitado temporariamente de muito digitar, apelo para textos antigos para manter este blog ativo. Esta é uma reedição adaptada do texto original de 2012).

     Com o Dia das Mães ocorre o mesmo que acontece com o Dia da Poesia: ao redor do mundo, ele é celebrado em datas diversas. Eis algumas:
   2º domingo de maio – Estados Unidos, Brasil, Dinamarca, Finlândia, Japão, Turquia, Itália, Austrália e Bélgica;
     2º domingo de fevereiro – Noruega;
     2º domingo de outubro – Argentina;
     2º dia da primavera – Líbano;
     1º domingo de maio  Portugal, Espanha, África lusófona;
     10 de maio – México;
     Último domingo de maio – Suécia;
     4º domingo da Quaresma – Inglaterra.
     Há outras, mas mesmo assim é pouco. Na minha opinião, deveriam ser, no mínimo, 365 datas em cada ano.
     Aqui no Brasil não é raro que esse dia aconteça em 13 de maio. E aí, temos três motivos para festejar:
     1 - Nossa Senhora de Fátima - Portugal, mundo católico em geral;
     2 - Abolição da escravatura - Brasil e África;
     3 - Dia das Mães - Brasil e metade do mundo.
     Em homenagem a elas, transcrevo um conhecido acróstico em inglês:

     Mothers are the place that we call home.
     On them we rest our heads and close our eyes.
     There's no one else who grants the same soft peace,
     Happiness, contentment, sweet release,
     Erasing nighttime tears with lullabies,
     Restoring the bright sun that makes us bloom.

     Tentei "traduzi-lo", mantendo a métrica, o esquema de rimas ABCCBA e as iniciais de cada verso:

     Mães são o lar da ternura e harmonia
     Onde nos entregamos a um doce encanto
     Tranquilos, seguros, confiantes, serenos,
     Haurindo a paz e os sonhos amenos,
     Esquecendo os medos num suave acalanto,
     Revivendo a luz que nos traz a alegria.

     A elas, também, a minha Canção da Vida:

Mãe! Tu és o solo fecundo
No qual germina a semente
Em corpo, alma e mente
Dos filhos todos do mundo.

Tu és o amor mais profundo
A beleza inconsciente
A Deusa que toda gente
Venera a cada segundo.

Em teu seio hoje deponho
Um poema, um canto, um sonho,
Em louvor a ti, ó Mãe;

Dou-te um abraço e um beijo
E brindo-te neste ensejo
Numa taça de champanhe.

     Nota: a rima de "mãe" com "champanhe", foneticamente perfeita nos falares brasileiros, é, se não me engano, sugestão do nosso saudoso Chico Anísio.

Niterói, maio de 2012 / maio de 2015
Rodolfo Barcellos