sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sou Romântico?


   Vocês sabem que eu gosto de versejar, e devem ter notado que busco em meus versinhos respeitar o ritmo e a música, ou seja, a métrica e a rima. E me embalava ingenuamente numa doce ilusão, acreditando que isso era ser romântico... até que a Si, destruidora de sonhos, demoliu implacavelmente minha fantasia, numa matéria seca, competente e irretorquível, que ela publicou no seu Balaio, sem a mínima consideração pelos sentimentos de tantos poetas menores, como eu...
   Passo a palavra à destruidora:
   "Quanto ao aspecto formal, a literatura romântica se apresenta totalmente desvinculada dos padrões e normas estéticas do Classicismo. O verso livre, sem métrica e sem estrofação, e o verso branco, sem rima, caracterizam a poesia do romantismo".
   Em outro trecho, ela cita Gonçalves de Magalhães - o romantismo na visão de um autor romântico:

   "Quanto à forma, isto é , a construção, por assim dizer, material das estrofes, nenhuma ordem seguimos; exprimindo as idéias como elas se apresentam, para não destruir o acento da inspiração; além de que , a igualdade de versos, a regularidade das rimas, e a simetria das estrofes produz uma tal monotonia que jamais podem agradar.”
   Peço perdão aos meus leitores pela monotonia das minhas rimas e pela cadência repetitiva de meus versos "clássicos". Mas, pensando bem, a Si, coitada, não tem culpa... a culpa é dos luminares da Literatura, que insistem em delimitar fronteiras, dar nomes às tendências, classificar estilos e separar espécimes paradigmáticos, espetando-os em alfinetes como cadáveres secos de insetos numa exposição de entomologia.
   Bem, eu ainda estou vivo, não pretendo metamorfosear-me em borboleta e recuso-me a ser espetado para análise ou classificação.  Mas tenho inveja da Simone; ela ora é uma poetisa louca e apaixonada, e de repente - não mais que de repente, como quem troca de chapéu - transforma-se na mestra literária competente e equilibrada, subordinando-se docilmente à necessária sistematização didática. Benza Deus...
   E como poetisa, a Si se define como romântica:
   “Meu verso é liso e escorrega entre meus dedos até chegar à pauta, na volátil e impudente forma de se expor: versos brancos sem cerimônias clássicas. Deslizo o meu eu, conflitando com o resto de tudo, sem coerência, proibido, sem o certo e o errado, sem consciência social, sem bandeira e sem religião.
   "Minha escrita é meu ópio! É meu bem, meu mal e a minha cura, é a saudade da infância, é o amor do homem, minha pátria e meu herói.
   "Escrevo em fuga, em idas e vindas.
   "Escrevo a vida como quem morre.”
   Si Fernandes.

   Vivendo e aprendendo... ainda bem que eu tenho algumas poesias em versos brancos.
   Sim, acho que sou - só um pouquinho - romântico...
   Mas quero homenagear aqui os poetas românticos modernos mais chegados à nossa "Turma do Blog" - o Moisés, o Everson, a Lu, o Sergio, a  Neca e tantos outros - inclusive a própria Si:

AOS ROMÂNTICOS
Que voe, livre e solto, o teu verso,
Sem as peias do metro e da rima,
Liberto de prisões, de falsa estima,
Rebelde, insubmisso e disperso;

E fique o meu verso acorrentado
Qual Prometeu em sua luta ingente,
Que, por trazer o fogo à humana gente
Por Zeus foi ao suplício condenado.

Mas soem juntas nossas vozes fortes
Que a mensagem é uma só, inteira:
Cantemos a poesia - a verdadeira;

Pois nossos versos não são como insetos
Que numa tábua sejam espetados,
Ou sejam sob a lente examinados.

E seja a verdadeira poesia
(A que rasga rótulos e imagens,
Que ri-se da sintaxe e zomba do vernáculo
E desespera os classificadores)

Seja tão livre que, querendo, possa
Trancar-se na gaiola escolhida
E jogar fora a chave da prisão;
Ou, preferindo, voe pelos ares,
Cantando sem padrões elementares,
Sem rima e metro - porém com paixão!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Arthur 1 x Danone 0

   No dia 4 de outubro de 2010 o "Sete Ramos de Oliveira" juntava-se a uma campanha - liderada pelo "blog" Intolerância Alimentar - contra a decisão da DANONE de descontinuar a fabricação de um produto necessário a inúmeras crianças que dele dependiam. Em dezembro, a Consuelo - mãe de uma dessas crianças - deixou lá o seguinte comentário:     Após a criação do blog e das inúmeras solicitações feitas à Danone, não só por mim mas por várias pessoas que se uniram na proteção do Arthur em reclamações e protestos, além dos vários laudos médicos comprovando a impossibilidade do Arthur testar com segurança qualquer outra fórmula no presente momento, a Danone/Support reconheceu a necessidade do Arthur e solicitou ao seu distribuidor Nutric - Nutricional Comércio Ltda a reserva no estoque de 380 latas para seu atendimento em razão da descontinuidade do produto, no valor correspondente a R$ 57.000,00. Obviamente, a grande maioria dos brasileiros não possui condições financeiras de antecipar o sustento anual com pagando à vista especialmente em se tratando de um medicamento tão caro. No entanto, esta mãe teve seu pleito reconhecido pelo Poder Judicário do Rio de Janeiro que determinou o sequestro de verba pública para aquisção imediata do produto que garante a vida de seu filho. Vale ressaltar que o Judiciário reconheceu, diante dos documentos, os laudos médicos e fotos acostados ao processo, que a saúde do Arthur está a depender do leite Pregomin, não só em razão de mera questão alérgica, envolvendo também outras circunstâncias que afetam de forma crucial a sua saúde. Reconheceu também que os médicos que assistem o Arthur, até o momento, não lograram conclusão quanto a outros medicamentos ou insumos que pudessem ser utilizados por ele em substituição ao leite Pregomin. Por esta razão, determinou que o produto reservado fosse imediatamente adquirido, de forma a garantir que novos testes sejam realizados sem que venha a sucumbir no período de um ano pela ausência do produto postulado e já em reserva. Assim, o problema do Arthur foi somente adiado pelo tempo de 1 (um) ano. Para a Danone foi um ótimo negócio uma vez que recebeu o valor do leite à vista e se livrou do estoque de um produto que não tem mais interesse em produzir. Para mim sobrou a difícil tarefa de arrumar local grande o suficiente e adequado para acondicionar e estocar o produto. Aproveito a oportunidade para agradecer não só ao Judiciário mas a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuiram para que eu conseguisse dar ao Arthur a segurança de mais um ano com alimento/medicação disponível. O Arthur tem muitos anjos que intercedem por ele e cujos nomes não preciso mencionar. Mas a luta continua uma vez que o problema do Arthur foi só adiado e existem outras crianças que também estão precisando de de suas fórmulas. Grata, Consuelo.
   Arthur 1 x Danone 0. Mas esse foi apenas o primeiro "round". Como diz a Consuelo, a luta continua.
   Quero aqui juntar-me à Consuelo no agradecimento a todos os que  nos apoiaram nessa campanha, seja com seu protesto junto à Danone, seja com suas orações. A Justiça foi sem dúvida sensível a esse clamor público em sua decisão.
   Poderia, aqui, citar nominalmente os amigos que se engajaram nessa luta, mas isso seria injusto com tantos outros que o fizeram anonimamente. Você encontrará alguns nomes clicando no link Arthur x Danone. Obrigado a todos.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

De Aquário para Libra



   Os nomes das estrelas, com poucas exceções, provêm dos árabes. Assim, as principais estrelas de Libra se chamam Zuben-el-Genudi e Zuben-es-Schamali, e as de Aquário são Sadalmelik e Sadalsuud. Queria pô-las nos versos, mas - poeta menor que sou - faltaram-me a métrica e a rima para elas...

DE AQUÁRIO PARA LIBRA

As estrelas de Aquário,
Que é meu signo planetário,
Quando faço aniversário
Estão ao Sol se banhando;
Ficam portanto invisíveis;
Mas com seus raios sensíveis
Trazem-me sonhos incríveis
De estrelas que estão se amando.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já as estrelas de Libra
Estão à noite brilhando,
Altas no Céu, inspirando
Poesias e acalantos.
Também elas me dão fibra
Pois nelas vejo teus sonhos
Luzindo em olhos risonhos,
Entre sorrisos e cantos.

E quando chegar Setembro,
Já no teu aniversário,
Tudo será ao contrário
Nos espaços siderais.
Aquário à noite brilhando,
Libra ao sol se entregando,
Os signos se completando
Em danças zodiacais.

E assim as estrelas tuas
Trazem-me versos do Céu
Enquanto as minhas dormem
Sonhando um sonho só teu.
Depois é a vez das minhas
A ti sonhos ofertarem;
E elas se abraçam na Terra
Sem nunca no Céu se acharem...

Imagens: Josephine Wall - uso não comercial: http://www.josephinewall.co.uk/licensing.html

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A Música das Esferas

   Olhem só o que fizeram para mim no Relicário:

          Raro ser
          O viajante dos céus
          Diamante puro  
          O alquimista da palavra
          Lá vai o poeta
          Forasteiro do tempo
          Onde orbita todas as poesias

          Beijar as flores
          Acalentar em mi e si sustenido
          Rimar o amor
          Conceber o magnífico
          Emprestar sonhos
          Lapidar verbos insanos
          Lamber o verso
          Ostentar estrelas no olhar
          Saudando a vida


          Por Simone Fernandes e Milene Lima


   Quis retribuir poesia com poesia, mas subestimei a magia dessas duas feiticeiras; seus versos agarraram-me, abraçaram-me, envolveram-me e quando eu julgava que os meus versos estavam completos, eis que os feitiços da Mi e da Si enchiam-me de novo a fonte da inspiração, a transbordar... e verso a verso, estrofe por estrofe, o que era pra ser um sonetinho transformou-se em algo bem mais extenso.
Aquarius - Josephine Wall (Direitos Reservados)

A MÚSICA DAS ESFERAS 

Quando as estrelas cantam 
Em tão doce harmonia
Transformando em poesia 
Um simples nome mortal;

Quando os astros murmuram
A música das esferas
Trazendo às novas eras
Romances de antigo astral;

Quando Alfa do Centauro
Numa escala celestial
Vira nota musical
E em som vivo reluz;

Quando todas irmãs suas
Entoam a voz dos anjos
Em tão sublimes arranjos
Das cinco estrelas da Cruz;

Quando as estrelas se tornam
Poetisas transcendentes
E esculpem versos quentes
Aquecendo um coração;

E seus versos luminosos
Incidem na minha alma
Inundando-a de calma
E de suave inspiração;

Quando anjos tão queridos
Fazem dueto sublime
Que a tristeza redime
E me enchem de emoção;

Quando notas sustenidas
Que não existem na pauta
De repente ganham vida
E assaltam meu coração;

Quando a carícia envolvente
Desliza suavemente
Trazendo novas magias,
Feitiços e encantos tais...

Um velho bruxo engelhado
Se sente reconfortado
E numa rede tecida
Por mãos de fadas astrais

Repousa o corpo alquebrado,
Deita o coração cansado,
Esquece os males da vida,
E cobre-se de imensa paz.


   "A beleza do verso vem da pena do poeta; a emoção vem de quem o inspirou".
    (A citação, se não tiver dono, fica sendo minha...) 

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A Embaixada

   Segundo conceituados dicionários, o termo "Embaixatriz" significa "esposa de Embaixador"; quando a função diplomática é exercida por uma mulher, esta deve ser tratada pelo título de "Embaixadora".
   Pois eu recebi ontem, neste meu pequenino cantinho, perdido entre incontáveis outros, uma embaixada. E a Embaixadora apresentou-me suas credenciais nos seguintes termos:

 Ao amigo Bruxo, Anjo Barcellos, 
Todo nosso amor.

Para você que todos os dias
nos ilumina com sua alegria
inesgotável, desejamos toda a
felicidade do mundo,
no seu aniversário!!!

Turma do BLOG - 12-02-11



   Em dia de festa no país dos "Sete Ramos", a alegria de receber essas palavras, pelas mãos dessa linda representante dos amigos, deixou-me realmente emocionado. A Embaixadora Simone poderá dizer-lhes dessa emoção.
   Estou recebendo, ainda hoje, outras embaixadas, de amigos tantos que não me sobra tempo, no momento, para dizer à "Turma do Blog" tudo o que sinto. Mas já visitei as páginas dos amigos e a emoção só fez crescer.
   E prometo, com mais vagar, responder a cada um na sua página; e também estender-me mais - nesta mesma postagem ou nas seguintes - sobre o bem que vocês me fizeram e fazem.
   E já que nomearam a Si sua embaixadora plenipotenciária, eu aproveitei para confiar-lhe os beijos que queria dar à Mi, à Rê, à Graça, à Lu, à Déya, à Lois, à Pat e a tantas outras (fora os dela mesma) e abraços que bastassem para todos e todas. Podem cobrar dela.
   E as embaixadas estão chegando... desculpem-me; eu volto assim que puder.

========= Comentários ========
- Andréya,
- Obrigado por teu coração dançarino.
- Obrigado por teus olhos coloridos (agora sei que os da alma são verdes, sim... cor de esperança, com reflexos dourados).
- Obrigado pelo sorriso que me dás agora.
- Beijos.
- Regina, você é uma gaivota, namorada do Fernão Capelo, que eu gosto de seguir em seus vôos loucos, pois quando vem a tormenta você é um guia seguro - e às vezes solta umas penugenzinhas que eu recolho: são o ingrediente principal das minhas poções do bem.
- Beijos.
- Leonel, fui lá e voltei para te deixar um "obrigado" sincero. E Jair, deixe que eu lembre aos amigos que foi você quem me trouxe a esse ambiente precioso da globosfera. Obrigado, também. E abraços aos dois.
- Si, obrigado por me trazer o carinho da nossa "Turma do Blog". Meus irmãos, filhos e suas famílias ficaram felizes em conhecê-la... mas eu já tinha adivinhado que isso ia acontecer - sem bola da cristal.
- Receba mais beijos e abraços meus para distribuí-los pela turma...
- Difícil dizer do sentimento de amizade que une pessoas tão diferentes e faz de nossa turma algo de especial... e você, Tatto, é com certeza um ingrediente essencial dessa cola grudenta. Obrigado, amigo, e um abraço.
- Uma vez, a Milene me perguntou:
- "Será que eu mereço tudo isso?"
- Resolvi fazer graça:
- "Não... mas tem que aguentar..."
- E agora ela me pega pela palavra... nem adianta eu dizer que não mereço. Tenho que aguentar.
- Bem, se o coração não explodir, eu acho que aguento. Beijos às duas notas musicais sustenidas - lindo dueto!
- Milene, minha querida... Passei pelos cantinhos de cada amigo nosso, e deixei meus comentários em cada um. E deixei por último o Inquietude... porque sabia que ia engasgar com qualquer coisa que você escrevesse, com o menor sussurro, com um simples pensamento silencioso seu. Hoje você foi a compositora da música, a regente da orquestra, a autora do libreto, e eu só pude tentar não desafinar. E olha quantos amigos novos você atraiu!
- Beijos e abraços, Milene... agradecidos e carinhosos. Ainda quero postar um comentário na Lois... ela só faltou à festa por falta de condução...

  

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Bife


   A valsinha foi composta por Euphemia Allen em 1877, na Inglaterra. Ela tinha 16 anos e não devia gostar muito do sabor exótico de seu próprio nome, pois usou o pseudônimo de Arthur de Lulli para publicá-la. E deu à sua composição o nome altissonante de "The Celebrated Chop Waltz".

    Nada a ver com cerveja: "Chop" significa aquele movimento vertical das mãos, usando o pulso como articulação, quase como as asas de uma ave. Euphemia fez questão de especificar que a música devia ser executada com essa técnica, em vez de ser simplesmente dedilhada ao piano.
   A melodia, singela e fácil de ser tocada, ganhou popularidade rapidamente e chegou aos nossos dias como uma das mais conhecidas e executadas em todo o mundo. Recebeu nomes e apelidos diversos; o mais usual é "Chopstick", mas aqui no Brasil ficou sendo conhecida simplesmente como "O Bife"... e não me perguntem o porquê.

   Foi adotada, ao longo da história, como garota-propaganda por diversas indústrias, e você a conhece muito bem; arrisco dizer que em algum momento de sua vida, você tirou os primeiros compassos dela em um teclado - ou no mínimo, em um assovio despretensioso.

   Sendo uma moça tão dada e prestativa, versátil e querida, tomei a liberdade de vesti-la em cores minhas; e peço licença aos amigos para apresentar-lhes UM BIFE BEM TEMPERADO.
   Na clave de Sol, as sete notas da escala são:
   - Dó (C): Dôra;
   - Ré (D): Regina;
   - Mi (E): Milene;
   - Fá (F): a Filhona Alethea;
   - Sol (G): Graça;
   - Lá (A): Lu Cavichioli;
   - Si (B): Simone.
   Na clave de Fá, onde ficam as notas graves, sobrou espaço; e eu dei liberdade aos nossos amigos Xipan Zeca, Leonel e Jair para, junto comigo, ocuparem esses espaços.

   E para quem entende de música: sei que os compassos estão descompassados, as colcheias estão meio vazias, as fusas semiconfusas, as mínimas longe de ser o máximo... mas garanto que as notas estão afinadíssimas.
   Aos inúmeros amigos que não aparecem na música, eu digo: vocês estão lá, como harmônicos dos tons fundamentais, dando o timbre da cada acorde...
   Abraços musicais a todos.

   PS: Eu ainda aprendo a melhorar a definição dos meus vídeos...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Cores e Flores

Fui visitar o cantinho
Da nossa Déya; e notei
Que muito devagarzinho
O cinza deixou de ser rei;
E arrisquei um tantinho:
Um comentário postei.

E para ser muito franco,
Provoquei-a com ardor:
No teu mundo em preto-e-branco
Falta um pouquinho de cor;
No coração lindo e franco
Sobra um tantão de amor.

É... estão voltando as cores...
Eu acho que é bom sinal;
Com elas voltarão flores,
Novos e antigos amores,
E aquele alto astral...


Soneto do Retorno das Cores
(para Déya)


A SAUDADE te traz sonhos
Que ficaram no passado,
Deixando-te olhos tristonhos
E um coração pesado;

 Mas teus sonhos do futuro
Vêm nas mãos da ESPERANÇA,
Luz que brilha no escuro
Trazendo a ti confiança;

E no teu mundo sombrio
Um sonho vem, docemente,
Tomar o lugar da dor;

E  logo verás o trio
Que viverás novamente:
SAUDADE, ESPERANÇA, AMOR!

   ... e quando você realmente DECIDIR VIVER, nós saberemos... pois então as cores voltarão ao seu mundo...
   Déya... desculpa se eu forcei a barra. Teus olhos são lindos em tons cinzentos, mas eu quero - nós queremos - vê-los em cores felizes.
   Beijos.

   PS: Aposto que são verdes...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Livro: Stonehenge

Stonehenge (Stonehenge) - Romance
Bernard Cornwell,1999 - Trad. Alves Calado
Editora Record - 3a. Edição, 2008 - 500 páginas

   Do grande círculo megalítico de Stonehenge - "a pedra pendida" - sabe-se, com certeza, que foi erguido há mais de 4.000 anos, na planície de Salisbury; sabe-se também, com alto grau de certeza, quem o construiu. Mas a fantasia rola solta quando o assunto é como e por que foi construído.
   Bernard Cornwell, londrino de 1944 e conhecedor profundo da pré-história das ilhas britânicas reconstrói, pedra por pedra, as circunstâncias prováveis e o ambiente que presidiram à construção do grande círculo - fazendo do épico feito o pano de fundo para um romance fictício mas embasado solidamente nos costumes tribais dos antigos celtas.
   Respeitando os fatos conhecidos, o autor preenche as lacunas com uma história pulsante e vívida, que nos remete a um passado distante, onde paixões primitivas, sacrifícios humanos, lutas entre tribos, disputas sangrentas pelo poder e rituais macabros são costurados com a maestria inconfundível do autor das Crônicas de Artur e das Crônicas Saxônicas. Veja uma excelente sinopse em

http://pt.wikipedia.org/wiki/Stonehenge_%28livro%29
   Na minha opinião, é imperdível.