sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Para Denise


Scorpio - Josephine Wall - Direitos Reservados
A Graça me ensinou a fazer Hai-kais. E usou como kigo (tema) "Leão na floresta". Acho que ela adivinhou que eu iria precisar, eventualmente, de um "Escorpião no Sol" para homenagear nossa querida Denise, que aniversaria hoje. Sim, é festa no "Tecendo Idéias"...
Nota: a haiga (ilustração) é de Josephine Wall.

Um Hai-kai para Denise

Escorpião no Sol:
Nasce o fio candente
 A tecer idéias.

Fonte: thaisehelena.blogspot.com
E a Lu Cavichioli me ensinou a compor Indrisos. Com uma mestra tão poética e competente, seria vergonhoso se eu não produzisse alguma coisa que prestasse. Então, lembrei-me dos versinhos que fiz no nosso primeiro contato (O Silêncio de Denise). E taí um Indriso pra você:

Um Indriso para Denise

As irmãs de Antares
Tecem tramas em suas pequenas mãos
Donde nasce um lindo manto;

Pressenti, no silêncio ao meu redor
O forte sentimento da paixão
Entre serenas azaléias;

E eu fiz-te então versos quentes,

Perdido nos eflúvios do amor.

"As nativas de Escorpião têm uma beleza luminosa e sedutora"

Pois misturando a Graça e a Lu - quer dizer, o Hai-kai e o Indriso - e mexendo bem, com o acréscimo de alguns ingredientes, saiu-me um soneto aproveitável. Esse também é pra você, Denise.

Um Soneto para Denise

Tu tecias com o fio das idéias
Lindo manto de silêncio acolhedor,
Quando eu, perdido  entre as azaléias,
Pressenti tua presença ao meu redor.

Fiz-te então um sonetinho inspirado
Na quietude repousante do momento,
Sem cuidar que deste gesto delicado
Nasceria este tão forte sentimento.

Hoje Antares e as irmãs dormem serenas,
Mergulhadas nos eflúvios do Sol quente,
Donde haurem a força de Escorpião;

E em silêncio voltam tuas mãos pequenas
A fiar versos do mesmo amor candente,
A tecer a mesma trama da paixão.

Rodolfo Barcellos

Aproveite bem sua festa, menina... e de mim receba hoje um abraço especialmente carinhoso e um beijo bem ali, embaixo da orelha...
PARABÉNS!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Longe...


     Vez por outra, remexendo nos arcanos da memória, salta-me lá de dentro, como um coelho assustadiço, uma lembrança que empacou no seu caminho para o esquecimento. E desta vez lembrei-me do meu pai, declamando trovas e poemetos para passar o tempo, nas tardes chuvosas dos fins-de-semana, quando faltava eletricidade ou o velho rádio a válvulas falhava na sua obrigação de entreter a família com as "Histórias do Tio Janjão", as aventuras de "Radar, o Homem do Espaço", os episódios de "Jerônimo, o Herói do Sertão" ou os percalços de um detetive cujo nome já me fugiu caminho afora. E um dos nossos poeminhas preferidos - talvez pela atmosfera de suspense que ia num crescendo até o final, era este.
     É claro que já sabíamos o desfecho, mas adorávamos ver o "seu" Eurico, com seus gestos grandiloquentes e sua voz empostada, demorar-se nas pausas finais... só pra terminar num anticlímax que sempre nos arrancava gostosas gargalhadas.


Lá longe...

O sol, no horizonte recostado,
Da sua cama corre a grã cortina;
E a lua, por temer um resfriado,
Envolve-se num manto de neblina.

Uma nuvem, hiperbólica e amável,
Qual fumaça de celeste pito,
Parecia um remendo formidável
Costurado nos calções do infinito!

As nuvens, no espaço já crescendo
Semelhavam magnífico repolho;
E o céu, em trevas se envolvendo,
Não via nada - parecia estar caolho.

E lá longe, muito ao longe, bem ao longe,
Além daquela serra rendilhada...
Eu repito: Lá longe...
...muito ao longe...
...bem ao longe...
...
...mais ao longe...
...
...não se vê nada!

sábado, 22 de outubro de 2011

Público-alvo

O poeta é um fingidor;
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Fernando Pessoa


Existe um nexo entre o que se sente, o que se escreve e o que se acredita. Nem sempre é um liame de causa e efeito; na maioria das vezes, é uma relação de interdependência.
Feliz aquele que escreve o que sente e sente o que acredita, pois só assim poderá acreditar no que escreve. E esse círculo virtuoso é a própria alma da palavra escrita!
Escritores - e, principalmente, poetas, cronistas, contistas e ficcionistas em geral - lançam mão, naturalmente, de metáforas e alegorias - figuras de pensamento que se afastam da realidade do nosso prosaico dia-a-dia. O escritor de ficção não mente, pois tem a intenção declarada de entreter e espicaçar a imaginação do leitor; mas é fácil extrapolar aí os recursos estilísticos e cair no exagero que causará um mal-entendido ou uma interpretação equivocada por parte do leitor ou do ouvinte incauto. Lembram-se da famosa transmissão radiofônica de "Guerra dos Mundos", de H. G. Wells? Boa parte da população da Costa Leste dos Estados Unidos acreditou que a invasão alienígena era real e houve casos de pânico coletivo.
Um poema de protesto, como "O Navio Negreiro", sempre parecerá mais próximo da realidade que um poema de amor, sejam do mesmo poeta ou de poetas diferentes. Isso porque um visa obter uma reação ativa num público engajado e o outro destina-se à introspecção da alma. O primeiro é para ser declamado em palanques ou em praça pública, e o segundo será lido num ambiente aconchegante e silencioso, perante um público pequeno - que pode perfeitamente incluir alguns dos que estavam naquele comício, aos gritos de "apoiado!"
Prefiro, sempre que posso, usar palavras e expressões simples nos meus rabiscos. Sim, já houve época em que meu escrever era mais rebuscado, mais petulante, mais exibicionista, mais pernóstico, mais pedante. Serviu para engordar-me o ego e emagrecer a lista de meus leitores. E também para enriquecer o vocabulário de meus textos e empobrecer-lhes a inteligibilidade com seu exibicionismo preciosista (olha aí meu velho pecado! mas vocês entenderam, não é? não? deixa pra lá...).
É importante manter o foco no chamado "público-alvo". Escrever uma dissertação acadêmica não é escrever uma crônica. Um artigo informativo não é uma coluna social. Um conto não é um poema. Um romance não é uma fábula. O manual de seu micro-ondas não é uma cartilha de alfabetização. E se eu quero escrever para crianças usarei um vocabulário que elas entendam e evitarei frases longas.
Como "público-alvo" entenda-se também os apreciadores de estilos diversos, sejam mais exóticos ou mais tradicionais, e tantos outros que buscam exprimir, num dialeto próprio, suas verdades peculiares. Mas "público-alvo" é uma expressão enganadora. Cada um de nós faz parte de diferentes "públicos-alvos", em diferentes momentos...
Talvez o maior desafio para um escritor multidisciplinar seja manter uma disciplina de estilo adequada a cada caso, sem cair na mesmice ou ferir aquele círculo virtuoso que alimenta a autenticidade e a fé do texto escrito. Porque a "verdade" em um poema usa  roupas que não caem bem num artigo científico, embora possam vestir com bom gosto uma crônica.
Aliás, sinto-me agora como um peixe fora d'água. Cá estou eu, um pedreiro esforçado - talvez um bom mestre-de-obras - discorrendo sobre a arquitetura de palácios e catedrais. Que me perdoem os literatos - os arquitetos que me ensinaram a bem misturar a argamassa das palavras. E estas que aqui exponho têm como público-alvo os aprendizes de pedreiro, e não os engenheiros experientes.
Quanto a textos de propaganda, escritos de fundamentalistas e fanáticos religiosos, discursos de políticos e algumas obras de "ghost writers"... desculpem. Talvez em outra ocasião. Os círculos deles costumam ser de outro tipo. Não cabem aqui.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Anjos e Demônios



     Ontem eu vi a face do Demônio. Ontem, ele deixou-se filmar, orgulhoso de sua vitória, e tripudiou sobre minha fé.
     Vi quando ele cegou os olhos e as mentes de dezoito seres humanos, escravizando-os à sua maldade e obrigando-os a torturarem quase até à morte, ou abandonar ao sofrimento, uma criança de dois anos - um pequeno anjo indefeso. E ele ria...
     Ah, pequena Yue... estavam distraídos teus pais? Talvez. Mas, por certo, Deus estava desatento. E quando chegares lá, Ele, com lágrimas nos olhos, te pedirá perdão. E tu, anjo, tu O perdoarás, e Ele te dará um lugar de honra, à Sua mão direita, onde estarás feliz pela eternidade, na companhia de tantos outros anjos torturados e mortos pelo mesmo Demônio na vida anterior. E lá, Yue, lá estarás segura, pois lá não alcança o poder maligno desse Demônio chamado Indiferença.


     Nota: a Milene chamou minha atenção para esse fato revoltante, e pediu-me que fizesse "um poema para a menininha". Mas não consegui. Tudo o que pude fazer foi expressar minha tristeza por fazer parte desta humanidade amaldiçoada.
     Hesitei muito em inserir aqui este vídeo chocante. Não sei como isto poderá contribuir para acordarmos de nossa indiferença. Sim, pois a presa do Demônio não foi aquele anjo: foram dezoito seres ditos humanos. E nós também não somos vítimas, tantas vezes, deste mesmo Demônio?



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ninar e Acordar Palavras

     Paolo Diacono foi um monge lombardo (aprox. 720 - 799), que entre inúmeras outras obras escreveu um famoso hino a São João, em latim. Esse hino deu origem aos nomes das notas musicais:


Ut queant laxis
Resonare fibris
Mira gestorum
Famuli tuorum
Solve polluti
Labii reatum
Sancte Iohannes


     A letra significa algo como "Para que os teus servos possam cantar as maravilhas dos teus atos admiráveis, absolve as faltas dos seus lábios impuros, ó São João".
     Mais tarde o Ut foi substituído por, por ser uma sílaba mais "cantável" nos exercícios de solfejo; e a música chegou até nossos dias em inúmeras versões. "Minha Canção" (do musical "Os Saltimbancos", de Chico Buarque) é uma delas:
     Escolhi este vídeo, entre tantos outros, por causa da parte puramente instrumental (flautas doces), que pode ser usada como "karaokê" para acompanhar a letra da "Canção para Ninar e Acordar Palavras" - além, é claro, de divulgar o "Coral da Pediatria Brasileira".
     Fiz a letra pensando nas turmas de Alfabetização, mas é claro que ela pode ser adaptada de várias maneiras para outros grupos.


Canção para Ninar e Acordar Palavras

(Ninar: escala ascendente)
Dor de barriga
Remédio amargo
Micose coça
Faca corta a mão
Solidão é triste
Lágrima de choro
Silêncio é chato
Dói no coração

(Acordar: escala descendente)
Doce de goiaba
Sino de pipoqueiro
Lambida na colher
"Solvete" é tão "bão"
Fatia de bolo
Milho de pipoca
Refresco de uva
Doce de mamão

"Solvete é tudibão"...
     Essa letra pode, sim, ser melhorada. Não consegui lembrar-me de qualquer guloseima que começasse com "Si". Mas acho que não estarei "desalfabetizando" ninguém com meu "Solvete é tão bão"... o Maurício de Souza, o Cebolinha e o Chico Bento que o digam.
     Quanto a detalhes de figurino, cenário, som, iluminação etc, melhor deixar com quem entende do riscado. Dramaturgia - mesmo no nível mais simples e despojado - não é comigo. Mas gostei de imaginar montagens diversas, desde uma simples cantoria em sala de aula até uma estréia de gala no Municipal...
     Ah, e quem tiver mais idéias sobre palavras "adormecíveis" ou "acordáveis" que comecem com nomes de notas musicais, mande para o canteiro de obras da Graça - o "Lexicoterapia", no "Botões de Madrepérola" - ou faça um comentário aqui. Eu e ela agradecemos.

domingo, 16 de outubro de 2011

Para Marcinha


A MONTANHA E O MAR
Atol das Rocas - uma montanha mergulhada no mar...

Disse a montanha, arrogante,
Ao mar, que na praia adiante,
Vinha brincar a seu pé:

Tu és extenso, mas plano;
Sem alturas, oceano...
Não chegas a meu sopé;

Possuo ricos minérios,
Não escondo meus mistérios
A quem me quer conquistar;

Sou grande, enorme, gigante,
Ergo-me às nuvens, pujante;
Perto de mim... que é o mar?

E o mar, ouvindo aquilo,
Responde, em tom tranquilo,
Com um suave marulho:

Não te invejo a grandeza
Pois também eu, com certeza,
Tenho motivos de orgulho.

A minha profundidade
Existe na eternidade;
Não preciso de altitudes.

Por mim, os poetas cantam;
Mas os bardos não levantam
Hosanas às tuas virtudes.

Guardo em minhas profundezas
Inumeráveis riquezas,
Mas tu não as podes ver;

São insondáveis belezas
De variadas naturezas
Que tu nunca hás de ter.

E as nuvens, não te esqueças,
São minhas filhas travessas
Geradas na luz do sol;

Na altura te sobrepujam,
Mesmo quando ao vento fujam,
Em busca do arrebol.

E teus diamantes, ouros,
Platinas e mais tesouros
Que os homens roubam de ti,

Quantas vezes são perdidos
Em naufrágios, submergidos?
Hoje estão todos aqui!

Mas minha maior riqueza,
Posso dizer com certeza,
É o carinho das sereias

Que eu abraço, apaixonado,
E que me chamam de amado,
Afagando-me as areias.

(Rodolfo Barcellos)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Milene Poeta


Dama da Noite - Foto: Beatriz Barcellos
A Milene sabe ou não sabe fazer poesia?
Bem, ela diz que não é poeta; mas olhem o que eu achei no Inquietude - logo na primeira vez que fui lá, há mais de um ano:

*   *   *   *   *
quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Minha Poesia

Quisera eu fazer a poesia mais linda,
Cheia de versos em cores,
Pulsante, viva e sem disfarce.
Ela, a poesia,
Seria como um retrato pintado em palavras,
A cada escrita
Um fragmento d’alma desnudo.
Quisera eu fazer a poesia mais lírica,
Num quê de emoção sem reticência...
Num grito incontido de sentimento liberto,
Outrora aprisionado nos porões mais sórdidos.
Quisera eu fazer a poesia mais minha,
A poesia imperfeita,
Cortante,
Desinventando verbos incapazes de amar.
Eu a chamaria de
Retrato fragmentado de mim”.
Causaria enlevação a minha poesia,
Mas que pena!
Num átimo lembrei-me:
Não sou poeta!
Terei que reabrir meu baú?
Lançar ao fundo minhas palavras dispersas?
Fazer dormir a minha poesia?

Milene Lima

Não pude deixar de comentar, na época:

R. R. Barcellos disse...
Mas que pena...
Num átimo ou átomo esqueceste,
Sejas tu Milene ou Milena,
Que o dom da musa é mesmo este!

Parabéns pelo belo poema, Pétala... e não se atreva a escondê-lo no fundo do baú.
Aliás, lá devem jazer outras jóias empoeiradas, e você está intimada a expô-las.
E agora permita-me dar-lhe as boas vindas aos Sete Ramos. Um abraço.
*    *   *   *   *
Moisés Poeta, meu amigo... o que você acha de sua parônima... a Milene Poeta?
E você, poetisa? Quando vai remexer novamente no fundo daquela arca do tesouro, que você chama de baú?

PS: Posso incluir essa sua poesia no meu próximo livro?

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Diálogo InVerso

No MOMENTOS FRAGMENTADOS, da Marilene, há um aviso:
"A exposição de meus sentimentos, idéias e poemas pode ser compartilhada, com os devidos créditos, mas está em um mundo legalmente protegido. Não se aproprie!"
Eu acrescentaria: "É vedado o uso com finalidades comerciais sem minha autorização expressa."
Pois a Marilene publicou, horas atrás, um poema tão belo que me inspirou outro, em comentário. E resolvi fazer com os dois poemas uma montagem em forma de diálogo, sem saber que ela também já estava incorporando meu poema-comentário à postagem dela. Que fique claro que o poema inicial, que serviu de estopim (como bem definiu a Graça), foi o da Marilene.
Bem, dados os créditos e recusada a pecúnia, vamos aproveitar! E compartilhar...
Josephine Wall - Direitos reservados



INSATISFAÇÃO HUMANA
SENTIMENTO DIVINO
Sou a bêbada borboleta, disse ela,
Que voa sem ter destino
Pousando a esmo nas flores
Para aplacar suas dores
Tenho cores e beleza
Corro em toda a natureza
Mas me falta seu perfume
Razão do meu grande queixume
Nesse louco borboletear
Pousa na minha lapela, borboleta, e escuta:
Não andes descalça sobre espinhos de cactos;
Mas na pétala macia e morna da flor
Caminha com pés nus
E a flor te perfumará.
Sou a curva das estradas,
Onde ninguém quer parar
Mesmo que existam mil flores
A me circundar
Mostro horizontes belos
Que os olhos não querem ver
Com receio do perigo
Que lhes possa oferecer.
E tu, linda estrada sinuosa,
Não queiras ser auto-estrada, longa e reta,
Para a qual os poetas não fazem versos
E os menestréis não os cantam.
(Lembras "As curvas da estrada de Santos"?)
Pois eu sou o viajor cansado
Que repousa em cada curva tua,
À sombra de teus bosques perfumados.
Sou o  canto desiludido
Da partitura fugidio
Que as notas não observa
Porque ninguém quer  ouvir
A harmonia da música
Se recusam a sentir
Por medo dos sentimentos
Que lhes possam traduzir
Vem, cantiga dolente e sussurrada...
Diz-me em suave murmúrio,
Ao pé do ouvido,
Que tu me amas;
E eu rabiscarei na pauta de tua partitura uma pausa semibreve
Para que ouças no teu silêncio o pulsar de meu coração.
(E ouvirás também o teu.)
Sou aquele ser perdido
Que a vê mas não quer  guarida
Por sentir nela a prisão
E prefere viver a esmo, sem destino
E sem noção,
A entregar seu coração...
Achei-te, ser perdido!
E ao encontrar-te me perdi também.
E perdidos nesse doce labirinto,
Caminharemos juntos, sem destino,
Sem nunca encontrar nossas pegadas,
Sem o medo de encontrarmos a saída...
E vive insatisfeita
Em tudo encontra um senão
Porque acima das flores, dos amores,
Deixou a sua razão
E se mantém arredia, temerosa,
Com medo da desilusão.
Ah, amada, não te queixes!
Faz de meu amor um bravo,
Teu herói, teu campeão!
E nunca, nunca mais deixes
Teu coração ser escravo
Dos ditames da razão!
Marilene
Rodolfo


"A beleza exterior do verso vem da pena do poeta; a emoção vem de quem o inspirou."

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Arthur x Escola

     No dia 4 de outubro de 2010, o Sete Ramos publicava ARTHUR x DANONE,  pedindo o apoio dos amigos na luta de uma criança de cinco anos contra uma multinacional famosa. Muitos amigos entraram decididos na arena e, em 21 de fevereiro de 2011 noticiávamos a vitória - ainda parcial - do Arthur.
     Mas a vida não dá tréguas, e a luta continua. Hoje, um ano já passado, o adversário - pasmem! - é a escola onde o menino estuda.
     Não vou cansar meus amigos com detalhes, mesmo porque sou suspeito para falar - o Arthur é meu sobrinho-neto. O vídeo da Record News fala por mim.




     E quem se interessar pelo assunto, encontrará mais detalhes em:


Arthur x Danone - O Sete Ramos e seus amigos entram na briga


Arthur 1 x Danone 0 - Arthur ganha o 1° round por pontos


     E o link para o "Blog" do Arthur e de sua mãe é:


Tudo bem ser diferente - Comentários da Consuelo sobre a reportagem


     Abraços a todos.