terça-feira, 2 de julho de 2013

Caça-rimas 4

Mais dois caça-rimas para quem gosta.
Depois da lua minguante sempre vem a lua nova...
Lua Nova                                           BANCO
Rodolfo Barcellos                                  DE RIMAS

Em plena escuridão está envolto o mundo          1 -abrigo
Fugiu do céu a lua, e tu também de mim           2 -antigo
Brilham mil diamantes no espaço profundo         3 -escura
Lembranças de momentos que tiveram fim           4 -fim

Mas eis que lentamente, acima do ________        5 -firmamento
Nasce um sorriso leve, uma foice de ________     6 -fonte
Trazendo-me esperanças de uma nova ________      7 -futura
De carinho que afaga, de amor que ________       8 -horizonte

Mas inda luzem fortes, no meu ________           9 -luz
Saudades e lembranças do amor ________           10-mim
Dores que não se vão em tão curto ________       11-momento

E entre a luz passada e a que inda é ________    12-mundo
Entre o refúgio novo e o costumeiro ________     13-profundo
Meu coração hesita nesta fase ________           14-seduz

Visita à casa paterna                              BANCO
Luís Guimarães Júnior                              DE RIMAS

Como a ave que volta ao ninho antigo             1 -abrigo
Depois de um longo e tenebroso inverno           2 -amigo
Eu quis também rever o lar paterno               3 -antigo
O meu primeiro e virginal abrigo                 4 -canto

Entrei. Um gênio carinhoso e ________            5 -claridade
O fantasma talvez do amor ________               6 -comigo
Tomou-me as mãos — olhou-me grave e ________     7 -há-de?
E, passo a passo, caminhou ________              8 -inverno

Era esta sala... (Oh! se me lembro! e _______)   9 -materno
Em que da luz noturna à ________                 10-paterno
Minhas irmãs e minha mãe...   O ________         11-pranto

Jorrou-me em ondas...  Resistir quem ________    12-quanto!
Uma ilusão gemia em cada ________                13-saudade.
Chorava em cada canto uma ________               14-terno

Os sonetos originais podem ser conferidos em


Niterói, julho de 2013
Rodolfo Barcellos

PS: Agora que resgatamos a pátria de chuteiras, que tal pensar na pátria de jaleco branco? E na que usa guarda-pós esfarrapados enquanto rabisca penosamente, a giz, lições de vida para nossos filhos?

4 comentários:

  1. EXERCÍCIO I

    Em plena escuridão está envolto o mundo
    Fugiu do céu a lua, e tu também de mim
    Brilham mil diamantes no espaço profundo
    Lembranças de momentos que tiveram fim

    Mas eis que lentamente, acima do horizonte
    Nasce um sorriso leve, uma foice de luz
    Trazendo-me esperanças de uma nova fonte
    De carinho que afaga, de amor que seduz

    Mas inda luzem fortes, no meu firmamento
    Saudades e lembranças do amor antigo
    Dores que não se vão em tão curto momento

    E entre a luz passada e a que inda é futura
    Entre o refúgio novo e o costumeiro abrigo
    Meu coração hesita nesta fase escura


    EXERCÍCIO II

    Como a ave que volta ao ninho antigo
    Depois de um longo e tenebroso inverno
    Eu quis também rever o lar paterno
    O meu primeiro e virginal abrigo

    Entrei. Um gênio carinhoso e terno
    O fantasma talvez do amor amigo
    Tomou-me as mãos — olhou-me grave e materno
    E, passo a passo, caminhou comigo

    Era esta sala... (Oh! se me lembro! e quanto!)
    Em que da luz noturna à claridade
    Minhas irmãs e minha mãe... O canto

    Jorrou-me em ondas... Resistir quem há-de?
    Uma ilusão gemia em cada pranto
    Chorava em cada canto uma saudade.


    Outra vez, não sei se fiz a rima certa. Mas sigo gostando da brincadeira.

    E sim, o gigante acordou pra comemorar o gol. E depois?

    Beijo, meu bem.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. No primeiro, nota dez. No segundo, terno, amigo, materno, canto, pranto... cinco rimas fora da caçapa, moça. Confira no link indicado.
      Beijo grande, querida.

      Excluir
  2. Rodolfo, eu adoro quando publica esses exercícios, fico pensando onde encaixar cada palavra, acho maravilhoso! Adorei sua colocação final...ótimo quando se o resgate não for só das chuteiras, mas também da dignidade e respeito social. Um abraço!

    ResponderExcluir
  3. Que possamos, sempre, construir a ponte inteira, para uma perfeita comunicação entre os dois lados. E que no Brasil o grito venha a provocar, de forma real, mudanças que valorizem o ser humano, sua qualidade de vida, sua possibilidade de exercer, dignamente, a profissão abraçada, seja qual for. Os gols aos quais precisamos dar vivas não são feitos no campo de futebol.
    Seu proposto exercício é excelente, principalmente pela escolha dos poemas. Bjs.

    ResponderExcluir