- Não gosto de teatro e não gosto de ópera. Acho que nasci com um defeito de fabricação sem "recall" e sem conserto, que me provoca uma espécie de indiferença - às vezes, aversão - pelos espetáculos da ribalta.
- Não que eu não valorize os profissionais do palco. Como bem frisou o Jair, eles não têm o recurso cinematográfico do "Corta! - Tá uma merda! - Vamos gravar de novo!". Não, eles têm que desempenhar seu papel à perfeição, dia após dia, enquanto dure a temporada.
- Mas há um tipo de espetáculo "de palco" que aprecio muito: é a apresentação de corais. As vozes em harmonia de homens e mulheres de diversas idades e classes sociais são para mim uma melodia celestial, um verdadeiro retrato da confraternização que todos gostaríamos de ver pelo mundo... e isso me lembra um certo "post" no "Relicário" da Milene, com um coral universal cantando Stand by Me.
- De qualquer modo, o canto coral me reconciliou com algumas árias operísticas, mesmo cantadas em solo. Destas, as que mais me tocam são aquelas de tom intimista, como a do ciclo "Canções de Sir Walter Scott", de Schubert (título original Ellens dritter Gesang, D.839 - também conhecida como "A Dama do Lago"), que deu origem à sua famosa "Ave-Maria". E tem uma ária em "Sansão e Dalila", de Camille Saint-Saënz, cuja segunda parte é, no mínimo, enternecedora. O nome da ária é "Mon coeur s'ouvre a ta voix"; aperte o nariz da Maria Callas para ouvi-la:
- Imaginando como ficaria essa última parte num canto coral, meti-me a fazer uma letra em português para ela:
Sim, eu te amarei...
Eu te amarei por toda a vida!
Sim, eu te amarei
Na derradeira despedida!
Todo o meu coração
Se abre ao teu amor,
Como pela manhã,
Ao beijo do sol se abre terna a flor.....
Sim, eu te amarei,
Eu te amarei,
Amor...
- Não sou musicista e não posso julgar o valor da adaptação para corais ou sua viabilidade; mas, na qualidade auto-assumida de poeta menor, acho que a letra não é de se jogar fora.
Barcellos,
ResponderExcluirAinda bem que te conheço de longa data, portanto nada mais me surpreende em relação a teus talentos. Compositor de Árias? tudo bem, é só uma das muitas qualidades de teu cérebro privilegiado. Abraços, JAIR.
Um cérebro apaixonado,só um cérebro apaixonado,teria essa percepção tão linda!
ResponderExcluirParabéns!
MAS O QUE VEJO AQUI???
ResponderExcluirÁrias???????
Ária da 4a. Corda de Bach é minha paixão DE ANOS, amigo!!
E essas que vc citou, igualmente belas, COMO TANTAS OUTRAS......
Aliás, para quem aprecia, vc já ouviu algum ser vivente, em sã consciência, ousar dizer que existe alguma ária 'mais ou menos' bonita de se ouvir???
Sim, coitada da Maria Callas, o narizinho dela já vai precisar de um bom E BELO reparo...pois, só eu já apertei ele mais de três vezes!!!rss
Mas o mais lindo de tudo, Rodolfo: esses teus versos!!
Já OS copiei, e presenteei meu amor, com seus devidos créditos, claro. fIZ BEM, NÃO FIZ?
OBRIGADA PELO POST DE CLASSE!!
Mas eu só tenho amigo classudo, Deus do céu! Tenho muito a aprender com eles.
ResponderExcluirMoço, obrigada por citar minha choupaninha rica aqui nesse post tão lindo, pra variar. E é claro que vim buscar meu acalanto, não é?
Os versos estão incríveis... De um romantismo inebriante.
Bravíssimo!!!
Que "manetada", Barcellos!
ResponderExcluirNem injetando metanol dá pra acompanhar!
Além de nos trazer essa perfeita interpretação da divina Callas, ainda faz uma letra em português para a ária!
Só posso aplaudir!
Abraços!
P.S. Estou gerenciando a pintura da casa. Daí o meu atraso em comentar as matérias.
Rodolfo...
ResponderExcluirMinha visita é tão somente para agradecer...
Sua presença sempre !!
Volte,
volte,
volte!
Sempre,
sempre,
sempre!
Abraços, amigo.
Olá! Vim te conhecer e me surpreendi com o espaço rico em sabedoria e talento do AUTOR... Se me aceitas ja o estou seguindo com imenso prazer! Deixo a ti um abraço e meu carinho... Paz e Luz
ResponderExcluirperfeito!
ResponderExcluirMesmo não gostando de ópera, rsrsr
e teatro, seus talentos são incríveis ...
meu beijo , pra vc anjo poeta...