Assim, foi bem assim que aconteceu
A história desse imenso e breve amor,
Que sem convite ou aviso nasceu,
No fundo do peito meu,
No epicentro da dor.
A onda veio rápida, cresceu
E veloz viajou na imensidão;
Poderosa, sobre mim se abateu,
Submergindo o meu eu
Com a fúria da paixão.
Formou-se um tsunami dos sentidos,
Criou-se um maremoto de emoções;
Um tremor de nove pontos bem medidos
Na escala dos malferidos
Enigmas dos corações.
Já passou, mas foi deixando pelos portos
O seu rastro de cruel destruição;
Nos escombros se enterraram sonhos mortos,
Mortalhas de versos tortos,
Sepulcros da emoção.
E a chama do que um dia já foi forte
Já é hoje nada mais que vã fumaça,
Espalhando-se ao vento lá do norte,
Entre a vida e a morte,
Entre a dor e a desgraça.
Pois agora é mister tocar o bonde,
Sepultar, sendo possível, a saudade,
Encontrar forças perdidas não sei onde,
O novo amor que se esconde,
A nova felicidade.
Agora é consertar os vazamentos,
Antes que tudo o mais vá pelos ares;
Agora é reerguer os monumentos,
Reconstruir sentimentos,
Em reações nucleares.
E ao novo amor que surge, já pujante,
Erguerei diques contra seu furor?
Não! Nunca! Vem! Empolga, inebriante,
O coração hesitante,
Mas faminto inda de amor!
Inspirado, enigmático e profundo! Nada sei do que se passa no íntimo do poeta, mas quando leio seus versos intuo um turbilhão
ResponderExcluirParece que a onda é forte e vai inundar o velho coração de amor!
ResponderExcluirSerá isso?
P.S. Hoje no supermercado, encontrei o Machado, ex-PAMAGL. Falamos de você, do Jair e daquele voo que você narrou sobre as Rocas, no qual ele era um dos ocupantes do avião!
Abraços, amigo!
Rodolfo
ResponderExcluire eu que sempre achei que amava demais...
nada..meu amor é quase nada diante desta
declaração
beijocas
Loisane
obrigada pelo afago no meu de tudo um pouco...tava precisando
Não sei porque , mas compreendo cada exclamação
ResponderExcluircada vírgula, cada soluço das entre linhas...
Um beijo ANJO POETA MEU...
De nada adianta erguer diques contra o furor do amor. Ele vem e se instala do jeito que quer, soberano e teimoso.
ResponderExcluirPoema lindo, heim?
Até o tsunami ficou bacaninha aí descrito.
Fizeste magia, pra variar.
Beijos.
Amigo...
ResponderExcluirDeixa ele entrar, acolha-o, diga-lhe: - seja bem-vindo!!
Viva intensamente, porque, por mais que doa, no final, sempre vale!
Abraços,
De um tema difícil, vc construiu essa beleza - sublime, o amor, com suas nuances comparadas à natureza.
ResponderExcluirTudo que é tocado pelo amor, fica assim: lindo!
Um ótimo domingo.
Bjo
MISERICÓRDIA...clamo eu daqui. Com um tsunami assim, Bruxo, as ondas não fazem estragos...fazem???? O povo aí em cima já pitacou tudim, então voa poeta...voa alto.
ResponderExcluirBeijuuss na alma
Hola Rodolfo,
ResponderExcluirque lindos versos te ha inspirado el dolor...
Me encantó leerte!
Te dejo saludos argentinos,
Sergio.
É desse jeito o amor... e é verdade, quanto mais dele tentamos fugir, mas topamos com ele em qualquer esquina.Incrível!Mas, é bem assim.
ResponderExcluirEu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor.
Beijos!
RR Passei pra deixar um beijo e dizer que navegar é preciso; não em mares destes, apressados e transtornados. Mas em marolas ideais como teu poema e tua amizade.
ResponderExcluirCalada e colada em tatuagem fico na pele dos amigos.
Lu C.
De uma trajédia surfam versos lindos que criam um conteúdo formoso e até singelo. Parabéns.
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