- Não gosto do Faustão. Não gosto de ninguém que invada minha sala aos berros. E sobretudo, não gosto das famosas "videocassetadas". Não acho graça na alheia desgraça.
- Sim, sei que muitas são cômicas... até no aconchego do lar ocorre-nos soltar uma boa gargalhada quando um ente querido se mete numa situação daquelas; mas, dada a risada, corremos sempre a verificar se tudo está bem, e a prestar socorro quando necessário.
- E esses laivos de sadismo podemos satisfazê-los perfeitamente assistindo a filmes e, principalmente, a certos desenhos. O meu predileto, no gênero, é o Papa-Léguas (Bip-Bip) versus Coiote... haja cacetada!
- Mas qual a diferença? Bem, eu sei que nos filmes e desenhos ninguém se machuca de verdade; mas, no "domingão"... sei lá!
- A literatura também proporciona pratos suculentos para nossos inconfessáveis apetites de sadismo. E quero saborear com vocês um lauto banquete, um prato português legítimo, cuja receita perdi, junto com o nome do "Chef"... mas não faz mal, algum dos meus cultos amigos certamente saberá o nome do autor e me ajudará a dar os créditos a quem de direito. E quanto às lacunas na receita, complementei-as de memória com ingredientes meus, o que talvez altere o sabor original, mas manterá seu caráter picante. Vamos nessa:
- UMA CRÔNICA PORTUGUESA
- (Carta-resposta):
- Ilustríssimo Sr. Dr. Delegado Provincial,
- Saúde.
- Atendendo à vossa ordem, e na impossibilidade de servir-me das minhas, valho-me das mãos abençoadas de Sor Tereza, que misericordiosamente me assiste neste pobre leito de hospital, e passo a descrever-lhe os detalhes do infausto acontecimento que me reduziu à infeliz condição de impotência na qual me encontro agora.
- Saberá pois Vossa Senhoria que, sendo eu pedreiro de ofício, estava a arrematar uma obra de seis andares, quando notei que sobrara uma pilha de uns duzentos tijolos a um canto do terraço.
- Não querendo desperdiçar tão ricos sobejos, deliberei baixá-los ao rés-do-chão, por meio de um grande barril, pendurado a uma corda que passava por uma roldana, solidamente presa a um forte madeiro encravado na cimeira do prédio.
- Portanto, desci ao térreo e icei o barril até à altura do terraço, amarrando a corda com firmeza a uma estaca próxima. Em seguida, subi ao terraço e depositei os tijolos no barril pendente.
- Voltei ao térreo e agarrei firmemente a corda com minha destra, enquanto desfazia com a canhota o nó que a atava a estaca.
- Vossa Excelência decerto sabe, pelo laudo médico, que eu era um homem forte, com 90 quilogramos - todos de músculos -, capaz de sustentar pesos de 180 Kg e mais. Pois qual não foi minha surpresa, ao me ver elevado ao ar, quando sabia que o barril e sua carga não pesariam mais que uns 120 Kg!
- Desesperado, agarrei-me à corda e fui subindo com rapidez crescente. Na altura do terceiro andar, colidi violentamente com o barril que descia. Foi quando fraturei a perna direita e sofri luxação no ombro do mesmo lado.
- Mesmo assim, continuei agarrado à corda e subindo, até que meus dedos da mão direita fossem esmagados entre a corda e a roldana.
- Pendurei-me como pude com a canhota; mas àquela altura, tendo o barril perdido seu fundo e sua carga no choque com o solo, começou a subir - e esse vosso infeliz criado a descer!
- No novo entrechoque com o barril que subia, deslocou-se-me o ombro esquerdo e o quadril do mesmo lado; e ao estatelar-me sobre os tijolos espalhados no solo sofri sérias lesões na coluna e quebraram-se-me quatro costelas.
- Exausto de forças, soltei a corda - e vi precipitar-se sobre meu alquebrado corpo o barril sem fundo, espatifando-se sobre mim e lesionando-me as partes pudendas.
- Mesmo então, ainda dava graças por estar vivo, quando o pesado madeiro, com a roldana e a corda, abalado por tantos solavancos, aluiu de vez e abateu-se sobre minha pobre carcaça indefesa.
- Perdi os sentidos; mas creio que foi então que sofri o afundamento do crânio e a fratura do maxilar e de ambas as clavículas...
- Sem mais, assino-me respeitosamente,
- António dos Santos
- Mestre de Cantaria.
- Não é de morrer de rir?
- Pois é, se Freud não explica... que tal a Rê?
- Mas a moça do divã é esperta... ela com certeza vai descolar uma explicação, e ainda vai querer saber com que direito eu me utilizei da sua imagem... quer dizer, a do tofora-todentro...
- Seguinte, Rê: mande a conta de seus direitos e da consulta, que eu lhe mando a das risadas que lhe proporcionei... e pode usar os Sete Ramos à vontade - você e qualquer outro amigo que queira.
Barcellos... bruxo véi danado... rssss
ResponderExcluirPôtzzkeospáróbas..... oras pois pois qê stou a farfar de rirê.... rss ( avacagá )..rsss
"O mundo está de virado de ponta cabeça.
Faustão está magro,
Silvio Santos está quebrado,
Tiririca está alfabetizado e o
Richarlyson, chamou o juiz de viado."
E o Macaco deu risado... opss Não rimou... rsss
Abraços
Tatto
Barcellos,
ResponderExcluirObrigado pela facécia. Nossos amigos lusos semprem nos brindam com risadas frouxas com suas proezas.
Aki, kbei de chegá de umas festa e tomei uns whiskis a maisssssss... intão vorto manhã, prá modi respondê as altura...causu diquê já tô lá em cima sem roldana ou corda prá ti respondé...fui pra horizontal...inté
ResponderExcluirkkkkkkkk mininu tô é danada messssss, tentei treis veiz a tal verificação kkkkkkk rsrsrsrrs
ResponderExcluirrsrsrs facéia kkkkkk tô é danada rsrsrs perdoa eu, visse? filha kbo de entrar aki pra perguntar: mãeeeee tá rindo ou chorando????? kkkkkkkkkk chorando de riri é cada palavfra que sai na verificação....rsrsrs aiiiiii bruxo kkkkkkk inte
ResponderExcluirMisericórdia! Tadinho do sujeito!
ResponderExcluirEu não sou das que acham muita graça nas vídeo cacetadas não. E muitas ali não tem como a pessoa não ter se machucado, é muito tombo feio!
Beijos, bruxo querido!
Isto é que é um massacre!
ResponderExcluirTá me lembrando um cara lá do Galeão, que tudo o que fazia dava errado!
Mas, não era azar, não!
Valeu!
Mas é claro que é engraçado! hehe
ResponderExcluirImaginei tudinho e ri feito um louco!
Agora, bah, tchê, que maldade, o personagem tinha que ser português?
Um abraço!
Hola Rodolfo,
ResponderExcluirtambiém me reí, pero será que a Alma le va a gustar... jajajaja
Es broma, seguro que sí, ella tiene sentido del humor....
Te dejo un abrazo desde Argentina,
Sergio.
- Jair, Léo, Sergio... o autor da crônica original é português - estou quase certo. E mesmo que não seja, nunca foi minha intenção transformar a crônica em "piada de Português" (não que eu não ache algumas engraçadissimas). Qualquer mérito literário cabe ao autor original, que ainda pretendo extrair das brumas de minha memória.
ResponderExcluir- Agradeço os comentários. Abraços a vocês e aos demais amigos.
Nossa, ainda bem que retornei hoje, séria e compenetrada... Já vou pedindo desculpas se meu "escrito" possa ter ofendido ao dono dos SETE RAMOS ou a qualquer leitor dessa casa. Tenho amigos, queridos, amados meus, aqui em Beagá, portugueses e no Divã fiz outros tantos. Brincamos muiiiito com as diferenças culturais (mesmo tendo sido colônia), de sotaque, de escrita, de dizeres e fazeres... O que me encanta, com aqueles que estão perto e me conhecem, é a alegria respeitosa que sempre rege nossa prosa! Entre um "copa" e outro vivemos rindo uns dos outros, e isso não abro mão.
ResponderExcluirSua demais amiga (fiquei tristinha messsmo)
Regina
Voltei para dizer que estou muito bem obrigada e que na sexta-feira foi só mesmo uma brincadeira. Até pq quisera eu, um dia, tomar umas a mais (não consigo)e um porre daqueles se é que vale a pena. Como ouvi ontem e ouço sempre dos meus amigos: se Regina é assim bebendo como bebe (somente os mls que me dão o prazer da degustação)imagina se bebesse prá valer?!
ResponderExcluirPor conta da minha alegria que não carece de nenhum tipo de aditivo.
Beijuuss de sua "Demais amiga"
Regina
Não assisto o programa do Faustão, mas já dei muita risada com as video cassetadas que tem pela internet, mas assim descrita fiquei é com pena do acidentado.
ResponderExcluirBeijos