Terminei recentemente uma excursão às cegas - isto é, sem qualquer idéia prévia das atrações turísticas ou culturais que fariam parte do pacote. Loucura? Talvez, mas não me arrependo. Além do mais, o preço era convidativo e eu recebi, a título de amostra, alguns folhetos bem interessantes, na forma de postagens no blog pensador do meu amigo Jair.
A beleza e a profundidade dos textos mais recentes me convenceram a garimpar mais fundo naquela mina, e comprei passagem de ida e volta para uma viagem que me levaria desde o texto mais antigo até o mais atual. E valeu a pena.
Foram dois dias de excursão, contemplando monumentos inesquecíveis. Resumo aqui os que mais me impressionaram:
1- A série obsessiva sobre o tempo e seu caminhar inelutável;
2- Os artigos percucientes a respeito da biologia e da ecologia;
3- Os retratos vivos da Austrália, onde os ventos do destino levaram alguns de seus descendentes.
Entre as muitas jóias raras, algumas bijuterias, mas sempre ostentando a marca ímpar do ourives, garantia de qualidade.
A jóia principal desse acervo, a meu ver, é o artigo "O caminho do conhecimento", que exalta o valor da leitura, e de onde roubei a ilustração ao lado. Recomendo-o a todos os que valorizam os livros.
Voltando à Austrália, fica-me uma dúvida: se a bandeira é azul, vermelha e branca, quem inventou o verde e amarelo das torcidas nos estádios? Que é bonito, é... parece que estão torcendo pelo Brasil. Fiz uma pesquisa na Internet; parece que essas cores vieram dos antigos uniformes dos primeiros times esportivos do país. Se for assim, a Austrália merece o título de democracia mais avançada do mundo - onde a opinião do povo sobrepuja meros símbolos, por mais importantes que sejam.
Fica aqui minha homenagem a quem não me permite chamá-lo de mestre, mas me dá a alegria de chamar-me de amigo.
Em arte se diz que o autor só é reconhecido quando expõe a primeira vez, ganha fama quando vende a primeira obra e se consagra quando, finalmente, é copiado por outros artistas. Na literatura acontece algo semelhante: o escritor fica feliz quando publica o primeiro trabalho, exulta quando é elogiado pelos leitores, mas só se consagra quando o seu mestre lhe reconhece o mérito. Com este texto não preciso escrever mais nada, alcancei a mais alta recompensa que um beletrista despretensioso pode almejar. Obrigado duas vezes: por ter tido a paciência de ler todos meus escritos e por ter enxergado algum valor no que produzi. Abraços fraternos, JAIR.
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