E tanto amor foi pelas noites derramado
Que passamos juntos sem nem as ver passar
E cada beijo que entre nós dois foi trocado
Já foi perdido antes mesmo de se achar
E o tempo foi passando, e nós não percebemos
E na rotina morna apagou-se a paixão
Onde será que nós os dois nos esquecemos
De cultivá-la fundo em nosso coração?
Na página de fecho desse velho amor
Que a vida sufocou sem dó nem piedade
Lê-se hoje a errata triste, em tom frio:
Onde estiver "carícia" troque-se por "dor"
Onde se escreve "noites" leia-se "saudade"
Onde se lê "beijos" entenda-se "vazio"...
Rodolfo Barcellos
Uau! Muitos relacionamentos acabam assim!
ResponderExcluirE a errata é realmente em tom frio!
Acontece que para cada casal onde se lê ONDE pode tambem incluir mais detalhes.
Beijinhos
Porque no fim de um amor há sempre o vazio que nos preenche de saudade e noites que nos acariciam, plenas de beijos carregados de dor.
ResponderExcluirbeijinho, poeta!
Sobre seus comentarios:
ResponderExcluirEu penso que voce é o homem mais inspirado que conheço até o momento!
Beijos
Limerique
ResponderExcluirAs vezes o que une apenas um fio
Mas, avassalador, o amor é um rio
Depois que passou
O travo que restou
A gente costuma chamar de vazio.
Errata em forma de soneto? Só o Rodolfo mesmo, pensei cá com meus botões antes de ler. Isto porque sei lá por quê esperava uma errata comum, que viesse emendar algum dado fatual ou alguma gramatiquice de texto prévio. Ao primeiro verso (de bela pauta acentual, diga-se de passagem) desfez-se de todo aquele teimoso sentido de errata que eu conhecia, aquela antiga, que se fazia a obra no prelo. O livro aqui é a própria vida, e a velha errata é agora uma forte imagem retomada nos dois tercetos, chave de ouro e tudo. Uma onomatopeia emprestada pra resumir: clap, clap, clap!
ResponderExcluirEu também vim ler que espécie de erro você estava justificando e eis-me aqui, encantada com esses versos (contei tudinho)...
ResponderExcluirProfessor querido.
Beijo!
"A v ida sufocou sem dó nem piedade" ...*
ResponderExcluirEta! Esse foi pra mim embora seja "talvez" endereçado a outra; só q me identifiquei pelo momento atual q vivo. Ah, tá certo "é mais ou menos isso, eu me decepcionei mais uma vez "incontáveis vezes...É uma droga amar*
Parabéns pela poesia saúde sucesso e paz **
beiju
Por vezes é mesmo assim...beijos poeta!
ResponderExcluirAchei tão triste...um eco mudo, ao tempo que passou, surdo...
ResponderExcluirBeijos, com saudade!!!!
Errata de triste constatação, que só se faz em nome da verdade, para atender um pedido do coração. Sublime!! Bjs.
ResponderExcluirCaro amigo '"o que foi que tentaste me dizer Lá...
ResponderExcluirÉ a primeira vez q não entendo um comentário teu.
beijinho passa r bem . boa tardee
Mery, eu quis dizer apenas que cada resposta sua ao meme era um véu retirado, revelando mais um pedacinho de sua alma - linda alma!
ExcluirBeijos.
Sui generis, teu poema carrega a desilusão, o desencanto, a decepção...que são os sentimentos que restam ao final de um grande amor...gostei da errata, termo que fartamente usei em requerimentos oficiais. Em um poema foi a primeira vez que li.
ResponderExcluirBjssssss e parabéns pela maestria,
Leninha
Belo alvorecer meu maracujá de gaveta!!!!!
ResponderExcluirE foi assim que o amor sobreviveu,rsrsrsrs,ou quer sobreviver !!!!!!
bjssssssssssssssss
Tô lendo suas escritas viu? Estou adorando.. Beijos meu irmão..
ResponderExcluirPS. Demoro, mas leio...bjs