quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Dans L'Air


     No Ar - Dans L'Air  - 210 páginas 
     Alberto Santos=Dumont - 1904
     TALLER - edição de luxo, 2009
     Tradução: Luc Robert Jean Matheron
     Santos=Dumont assinava-se assim - com um sinal de igualdade entre o Santos e o Dumont, para destacar o igual valor que dava à sua ascendência francesa e à brasileira. Escreveu essa obra no auge de sua fama como inventor, projetista e piloto de dirigíveis, mas antes de se lançar à aventura do mais pesado que o ar.
     Uma coisa é ler sobre o inventor em biografias e livros de história, que exaltam suas conquistas; outra é acompanhá-lo "pessoalmente" em suas dúvidas, erros e tentativas frustradas, em suas emoções ao voar em balões ou dirigíveis, nos medos, nos acidentes e no júbilo dos pequenos e grandes triunfos.
     Poucos sabem, por exemplo (eu não sabia), que ele havia elaborado um "check-list" - uma lista de verificação - como um "pré-voo" para seus dirigíveis. Está na página 170:
     - O balão está completamente cheio?
     - Há alguma possibilidade de vazamento do gás?
     - O aparelho encontra-se em bom estado?
     - O motor funciona de forma conveniente?
     - As cordas de comando do leme, do motor,  do lastro líquido, dos pesos deslocáveis funcionam livremente?
     - O lastro foi pesado com exatidão?
     O uso de "check-lists" desse tipo é hoje obrigatório para qualquer avião, em cada fase do voo - desde o embarque da tripulação até o desembarque no destino.
     Uma segunda obra - "O que eu vi - o que nós veremos" (68 páginas) - complementa essa edição de luxo. Escrita muitos anos depois, em  1918, cobre suas experiências e sucessos com o 14-Bis e o Demoiselle, suas impressões sobre a disputa com os irmãos Wright sobre a prioridade e legitimidade da invenção do avião e suas expectativas para o futuro da aviação.
     As duas obras são profusamente ilustradas com fotos da época e desenhos de Santos=Dumont. Prato cheio para quem gosta...

13 comentários:

  1. Barcellão meu véi!!

    Sempre tive fascínio por voar e principalmente por gênios que inovam e se destacam por seus feitos, não deixaria de citar o motivo ao qual estou sempre por aqui... rss tá ligado?.
    Vou xeretar com certeza.

    Abraços, e te digo que passei hj aqui antes do post e pensei:- Hoje tem ou eu que to apressado d+.. rss Acertei, em chêio.. Valeu meu amigo
    Tatto/Xipan

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  2. Todas as vezes que eu estudava sobre Santos Dumont, eu gostava muito. Gostava de fazer trabalhos em cartolinas com colagem e frases vangloriando o seu invento. Eu gostava porque o avião para mim é algo até hoje maravilhoso. Quando eu entrei em um para atravessar o oceano, eu não sentia nem um pouco de medo, eu confiava que esta invenção não falharia comigo, porque eu queria só voar!
    E foi comprovado... Lá de cima, a terra é maravilhosa!
    Deve ser realmente interessante ler os pensamentos dele e saber que até hoje, todos devem obrigatoriamente segui-los, porque é a coisa mais certa sem precisar encontrar uma outra via para superá-lo. Afinal, para que mudar o que está dando certo?

    Barcelos eu escrevi uma resposta para você lá no meu blog que mais parece noticia de jornal de tão grande, hehe e fiz até um desafio, rsrs

    Beijos

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  3. Barcellos,
    Gostei das dicas de leitura. ASD é tão conhecido como desconhecido, como você lembrou muito bem: escrevem sobre ele mas ele mesmo pouco se revelou. Abraços, JAIR.

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  4. Santos Dumont fou um gênio e um de meus maiores ídolos. Vou seguir suas dicas de leitura, muito bom. Pois é, amigo, às vezes a gente tenta se encontrar em outros mas não é possível: somos o que somos e eu, sou, absolutamente, red and black. Os opostos se atraem. Tentando driblar as dores de duas hérnias de disco, comprovadas em duas ressonancias magneticas que fiz e voltanto ao nosso convivio blogueiro. Feliz 2012! Abrçs.

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  5. De pequena tinha um orgulho desse homem...de ter sido um brasileiro o inventor do avião...que continua para mim a maior das invenções! Valeu a dica.
    Beijuuss n.a.

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  6. Rodolfo..confesso que amei ver o meu topázio do ladinho da sua página.

    Santos Dumond foi o meu herói na minha infância,
    Ai o tempo passa e a gente acaba deixando um pouco eles de lado, mas nunca esquecendo.
    Ele é o nosso herói!!

    Obrigada pelas dicas.

    Um abraço da sua amiga que te gosta e te admira! EU

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  7. Sem dúvida, estes vão pra minha prateleira, depois de devidamente "devorados"!
    Boa dica, Barcellos!

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  8. Boa noite meu maracujá de gaveta !
    Só vc para resgatar textos tão construtivos...Santos Dumont nos revela sempre ter sido o herói,o nosso herói!
    Bjsssssssssssss

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  9. Gostei desse sinal de igualdade entre os seus sobrenomes (dele).
    Gostei dessa sua generosidade em compartilhar aquilo que te agrada.
    É, decerto, uma dica valiosíssima.

    Beijo, meu caro bruxo avoador.

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    1. Testando a nova funcionalidade "Responder" nos comentários do Blogger: É só você que lê isso, ou virou um forum escancarado?

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    2. É... parece que virou casa da Mãe Joana. E meu fuso horário migrou para algum paraíso fiscal. A Lu C tem razão de estar subindo pelas paredes...

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  10. Suas postagens vão de um lado a outro, com a mesma competência. Não o havia visto, ainda, fazer comentários sobre livros da natureza. A obra parece ser interessante, até porque Santos Dumont não era um homem comum. Eu não tinha conhecimento dessa sua marca personalíssima, na assinatura. Independente das discussões sobre a verdadeira autoria da criação, tenho-o como o real inventor.
    (Obrigada pelo comentário poético. Realmente, mulheres adoram receber versos.)

    Bjs.

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  11. Ora,ora,ora!Que maravilha!
    Um post riquissimo além de tudo!
    Parabens!


    Beijos!

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